segunda-feira, 16 de novembro de 2015

E então, fracassamos?


Que existe uma lógica perversa nas relações de poder que aponta nosso destino, isso já sabemos. Seja qual for a sua dimensão e desdobramento, ciente de que a administração destes interesses positivos e negativos faz parte da rotina humana, nunca é descabida a lembrança da existência de uma razão de ser comum a todos nós, muito mais profunda.
 Administrar conflitos, saber lidar com mesquinharias, equilibrar-se entre o bem e o mal com a certeza de ser uma necessidade. Lidar com a causa pública, definitivamente, é tarefa para poucos. Esta é uma conclusão que reforço constantemente.  
No momento em que os valores se invertem, ser austero, agir com seriedade, em se tratando de recursos públicos, são características reverenciadas como grandes virtudes. Sinal de que algo está muito errado nestes decepcionantes tempos. A questão é permanecermos atentos aos clamores, ao inconsciente coletivo, pois perder a esperança é o que de pior pode acontecer com qualquer Nação. 
Sobre perspectivas de construções, todos nós temos o dever de apresentar contribuições. Não é válido esmorecer.  Mesmo na escuridão, há que se imaginar a luz, pois ela pode estar dentro de cada um. Interessa, neste momento, o conceito de “humanitarismo”, que fala na crença de que a obrigação moral do homem é trabalhar para promover o bem-estar da humanidade.
Por que não acreditar no ser humano? Assumir as imperfeições é o que certamente nos evidencia como espécie. Assim sendo, quero declarar, desde já, que acredito no ser humano! Mesmo com tanta opressão, injustiça, crueldade, violência de todas as formas, corrupção generalizada. 
Apesar de tudo isso que presenciamos, diariamente, prefiro acreditar que o mundo tem solução. Acreditar que o Brasil será, um dia, a grande potência sonhada.  É urgente a necessidade de aproximação entre representantes e representados, através de uma nova forma de comunicação, com fundamentação no respeito mútuo. Independente de discordâncias salutares em suas próprias essências, não se pode faltar com o respeito. 
Nitidamente existe um modelo de representação falido, iludindo a população. Ilusões e mentiras esgotaram qualquer forma de entendimento, de modo que uma nova atitude faz-se necessária. 
Sem isso, os discursos de solidez nas instituições democráticas não passam de falácia. Confirmam apenas um modelo fracassado.   


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