Que
existe uma lógica perversa nas relações de poder que aponta nosso destino, isso
já sabemos. Seja qual for a sua dimensão e desdobramento, ciente de que a
administração destes interesses positivos e negativos faz parte da rotina
humana, nunca é descabida a lembrança da existência de uma razão de ser comum a
todos nós, muito mais profunda.
Administrar conflitos, saber lidar com
mesquinharias, equilibrar-se entre o bem e o mal com a certeza de ser uma
necessidade. Lidar com a causa pública, definitivamente, é tarefa para poucos.
Esta é uma conclusão que reforço constantemente.
No
momento em que os valores se invertem, ser austero, agir com seriedade, em se
tratando de recursos públicos, são características reverenciadas como grandes
virtudes. Sinal de que algo está muito errado nestes decepcionantes tempos. A
questão é permanecermos atentos aos clamores, ao inconsciente coletivo, pois
perder a esperança é o que de pior pode acontecer com qualquer Nação.
Sobre
perspectivas de construções, todos nós temos o dever de apresentar
contribuições. Não é válido esmorecer. Mesmo na escuridão, há que se
imaginar a luz, pois ela pode estar dentro de cada um. Interessa, neste
momento, o conceito de “humanitarismo”, que fala na crença de que a obrigação
moral do homem é trabalhar para promover o bem-estar da humanidade.
Por que
não acreditar no ser humano? Assumir as imperfeições é o que certamente nos
evidencia como espécie. Assim sendo, quero declarar, desde já, que acredito no
ser humano! Mesmo com tanta opressão, injustiça, crueldade, violência de todas
as formas, corrupção generalizada.
Apesar de
tudo isso que presenciamos, diariamente, prefiro acreditar que o mundo tem
solução. Acreditar que o Brasil será, um dia, a grande potência sonhada.
É urgente a necessidade de aproximação entre representantes e
representados, através de uma nova forma de comunicação, com fundamentação no
respeito mútuo. Independente de discordâncias salutares em suas próprias
essências, não se pode faltar com o respeito.
Nitidamente
existe um modelo de representação falido, iludindo a população. Ilusões e
mentiras esgotaram qualquer forma de entendimento, de modo que uma nova atitude
faz-se necessária.
Sem isso, os discursos de solidez nas instituições
democráticas não passam de falácia. Confirmam apenas um modelo fracassado.
Comente
este artigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário