sábado, 13 de junho de 2015

A pior dor do mundo

Já imaginou sentir uma brisa no rosto e, de repente, ser tomado por uma dor sem igual? A neuralgia do trigêmeo pode surgir em situações corriqueiras do dia-a-dia, como o vento no rosto, frio, calor, falar, mastigar ou até mesmo tocar a face. A ‘Neuralgia ou Nevralgia do Trigêmeo’ é um distúrbio neurológico que ganhou maior notoriedade graças a algum espaço conquistado na mídia recentemente, porém continua sendo um tema repleto de dúvidas e questões a serem esclarecidas. 

O fundamental é ressaltar que não há uma prevenção efetiva e a neuralgia do trigêmeo pode aparecer sem prévio aviso.

Conhecida também como a ‘pior dor do mundo’, a neuralgia do trigêmeo consiste em choques agudos na face que geram crises que podem durar de segundos até 30 minutos, mas podem repetir-se de maneira consecutiva até por semanas. É possível também que a dor ocorra apenas uma vez e nunca mais retorne, porém, qualquer caso deve ter acompanhamento médico.

 Após uma crise, o indivíduo não fica com sequelas, porém suas dores constantes e incapacitantes causam uma piora significativa na sua qualidade de vida.

 É uma doença mais comum em idosos, porém, também ocorre em jovens, apresentando quadros mais intensos, mas também com melhores respostas ao tratamento cirúrgico.

O nervo trigêmeo, além de ser responsável pela sensibilidade da face, também inerva a musculatura da mastigação, responsável pelo movimento de abertura e fechamento da boca. Entretanto, esta função, em geral, não é afetada na neuralgia do trigêmeo, apesar da dor poder causar a sensação de assimetria do rosto.


Entre as causas da doença estão a compressão do nervo trigêmeo por artérias ou veias na sua saída do tronco encefálico, perda da capa que o recobre o nervo ou mielina, ou até mesmo lesões dentárias tratadas em que houve manipulação da raiz do dente. Também pode ser causada por doenças do sistema nervoso central, como a esclerose múltipla e o derrame no tronco encefálico.

 Depois de desencadeado o distúrbio, quaisquer estímulos, inócuos ou dolorosos, são capazes de gerar as crises.

Seu tratamento inicial inclui o uso de medicamentos anticonvulsivantes, que apresentam uma boa resposta em até 60% dos pacientes. Em casos mais complexos, sem melhora com medicação, deve ser avaliada a possibilidade de intervenção cirúrgica, que pode ser realizada de diversas maneiras a ser julgada pelo médico que faz o acompanhamento do paciente.


A dor insuportável associada à falta de conhecimento sobre o distúrbio pode levar uma pessoa a confundi-la com os sintomas de um AVC ou da ruptura de um aneurisma, gerando desespero na vítima e familiares.

 Dessa maneira, faz-se necessário a conscientização da sociedade a respeito da doença, que, infelizmente, não tem uma prevenção, mas deve ser diagnosticada de maneira precoce por um médico especialista para orientação adequada do tratamento.

Eloy Rusafa. 


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