quinta-feira, 4 de maio de 2017

O Acaso e a Inteligência Suprema


Pelo que se nota, a ciência (no sentido amplo), não tem certeza de nada.

Na realidade, o acaso não existe. Imagine, agora, o acaso com relação ao Universo, obra belíssima e sem jaça, resultado do Plano Divino da Inteligência Suprema?

A questão nº 8, de “O Livro dos Espíritos” e respectiva resposta são explícitas e de lógica irretocável:
8 – Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?

“Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.”
Comentário de Allan Kardec:

“A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um caso inteligente já não seria acaso.”

2 – A opinião de inúmeros filósofos e cientistas coaduna-se com a questão em apreço, da obra básica do Espiritismo. Um deles, o insigne Michio Kaku, em sua festejada obra “O Futuro da Mente” (Editora ROCCO Ltda./Rio-RJ – 21001 – tradução de Angela Lobo – cap. 15, p. 346/348) , in Questões Filosóficas, expõe:

“Enfim, alguns críticos afirmam que a ciência foi longe demais na revelação dos segredos da mente, uma revelação que desumaniza e degrada. Por que apreciar a descoberta de algo novo, aprender uma nova habilidade, divertir-se numa viagem de férias, se tudo pode ser reduzido a alguns neurotransmissores ativando alguns circuitos neurais?
Em outras palavras, assim como a astronomia nos reduziu a grãos insignificantes de poeira cósmica num universo indiferente, a neurociência nos reduziu a sinais elétricos circulando em circuitos neurais. Mas, isso é mesmo verdade?

Começamos nossa discussão destacando os dois maiores mistérios de toda a ciência: a mente e o universo…”

3 – Descrevendo sobre as força nuclear e, ao mesmo tempo, a gravidade, em todo o Universo, explana o autor:
“… Se a força nuclear fosse só um pouquinho maior, o Sol teria explodido bilhões de anos atrás, antes que o DNA pudesse brotar. Se a força nuclear fosse só um pouquinho menor, o Sol jamais poderia ter entrado em ignição, e também não estaríamos aqui.
Da mesma forma, se a gravidade fosse mais forte, o universo teria se contraído até o Grande Colapso bilhões de anos atrás, e teríamos morrido torrados. Se fosse um pouquinho mai fraca, o universo teria se expandido tão depressa, atingindo o Grande Congelamento, e todos teríamos morrido de frio…”

4 – E, dando a entender que o universo obedece e um projeto tão inteligente e preciso, nos mínimos detalhes em todos os seres e coisas, que não poderia ter surgido por acaso, mas, ao contrário, por vontade e impulso de uma inteligência sem precedentes, completa:
“… Esse ajuste se estende a todos os átomos do corpo. A física diz que somos feitos de poeira de estrelas, que os átomos que vemos em tudo à nossa volta foram forjados no calor de uma estrela. Somos literalmente filhos das estrelas…”
“… Há tantos parâmetros, que precisamos de ajustes que alguns afirmam que não pode ser coincidência. A forma fraca do princípio antrópico sugere que a existência da vida obriga os parâmetros físicos do universo a serem definidos com a maior precisão. A forma forte do princípio antrópico vai mais além, afirmando que Deus, ou algum projetista, precisou criar um universo “bem certinho” para tornar a vida possível.

5 – Não hã hoje qualquer dúvida de que as ciências naturais se alteram indefinidamente, à medida de novos surtos de descobertas. Por esta razão, apegam-se ao raciocínio indutivo, empírico, através das experimentações, o que levou-as à concepção da Teoria da Incerteza.
Repita-se, porém, que, tendo em vista que tudo no universo está conectado e interdependente, as ciências naturais podem também atuar com o raciocínio dedutivo, puro, mais exato, ou atuar com os dois sistemas de raciocínio – dedutivo e indutivo –, ao mesmo tempo.
Pelo que se nota, a ciência (no sentido amplo), não tem certeza de nada, como confessam os próprios cientistas-filósofos, cumprindo o sagrado dever de continuar pesquisando e analisando e também cogitando ou filosofando, por que não?

O que vem à tona, espontaneamente, é que, no fundo, os filósofos e cientistas, muitos deles ainda apegados à forma, suspeitam da realidade de uma inteligência superior às demais, que, com precisão matemática, administra e governa todo o Universo.
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