terça-feira, 5 de julho de 2016

Empresa alemã desenvolve ‘drone’ para transporte de passageiros


O novo projeto de avião-robô de passageiros já está na fase de testes de voo

O avião-robô para transporte de passageiros Volocopter VC200O está em fase de testes de voo (Foto: Volocopter/Divulgação)

Pilotar um helicóptero é difícil, sobretudo quando está pairando no ar por causa da instabilidade do aparelho. Com a mão esquerda o piloto levanta e abaixa a alavanca do coletivo (para subir ou descer), e com a mão direita move o manche cíclico, que controla os movimentos para frente, para trás e os laterais, além dos pés para manejar os pedais que abaixam o nariz.

Em comparação, pilotar um avião-robô é muito fácil. Alguns podem ser pilotados por pessoas com pouca ou nenhuma experiência, com o uso apenas de um aplicativo do smartphone. Então, é uma questão de tempo até que as empresas comecem a fabricar aviões-robô com capacidade para transportar passageiros.

O avião-robô para transporte de passageiros Volocopter VC200O está em fase de testes de voo. Com 18 rotores separados parece deselegante, mas segundo seu fabricante, a empresa alemã E-volo, com sede em Karlsruhe, Alemanha, o avião-robô é mais estável do que um helicóptero convencional.
A ideia por trás do Volocopter e de “multicópteros” semelhantes, como são chamadas essas estranhas máquinas voadoras, é que, assim como os aviões-robô, eles são equipados com sensores, giroscópios, acelerômetros e magnetômetros, que associados ao sistema de computador de bordo, mantêm uma autonomia de voo sem quase intervenção dos tripulantes.

 O piloto ou o operador do voo só dá os comandos básicos, e os equipamentos controlam as manobras, mantêm o equilíbrio em imobilidade no ar e recuperam automaticamente a posição em casos de mudanças climáticas, como súbitas rajadas de vento.

O próximo passo é convencer as autoridades da Administração Federal de Aviação (FAA), o órgão governamental dos EUA responsável pelos regulamentos da aviação civil no país que, em razão dos equipamentos sofisticados, esses aviões-robô podem ser pilotados com segurança por pessoas com pouca experiência.

É um processo longo de persuasão, mas é viável. Essas autoridades já desenvolveram programas especiais de treinamento com empresas e pessoas envolvidas em projetos inovadores de aparelhos, como asas-deltas motorizadas e ultraleves.


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