sexta-feira, 4 de março de 2016

Parabéns, Mônica!


Há exatos 53 anos, a dentuça mais charmosa do Brasil e sua turma estreavam nas tirinhas


Por volta do mês de fevereiro de 1963, começaram a circular pelas edições do jornal Folha de São Paulo algumas ilustrações de Maurício de Sousa. O marketing anunciava o retorno do ilustrador ao veículo. 
Oficialmente, em 3 de março do mesmo ano, Mônica e sua turma estreavam na Ilustrada, e posteriormente na Folhinha, caderno da Folha de São Paulo que nasceu cerca de seis meses após a Turma da Mônica, quando o desenho passou a ser publicado em cores. 
Ao longo de sua trajetória pelo jornal, Maurício aprimorou seus traços, Mônica perdeu a cara carrancuda e fechada que ostentava, e a turma conquistou o País. Maurício relembra que o tempo era curto, os personagens eram muitos. Em decorrência disso, Mônica perdeu os bolsos do vestido e também os sapatos, foi a primeira mudança.

Passou-se o tempo, e ele tornava-se cada vez mais escasso. Foi aí que Maurício passou a desenhar seis “bananas” na cabeça de Mônica (os cabelos da personagem). Na década de 1970 Maurício recebeu um abaixo assinado das escolas de Brasília pedindo que Mônica deixasse de lado o ar de braveza. “Se as crianças estavam pedindo, resolvi atender”, lembra ele em reportagem especial para o Folha Online, em 2013, comemoração do cinquentenário da Turma. 
Apenas o coelho Sansão não passou por muitas transformações, por seu traço ser o mais simples. Na década de 1980, Maurício contratou uma equipe de desenhistas para ajudar na execução da deliciosa missão que era dar vida à Turma da Mônica.
Maurício conta que Mônica foi a primeira menina da Turma e, por não saber como se comportava uma mulher, resolveu inspirar-se em sua filha. O sucesso foi tanto que os quadrinhos foram parar no exterior. Em 1977 estreava na Suécia a Glada Gänget, ou a Turma Feliz. Curioso também ver os nomes dados os personagens por lá. 
Mônica é Monika; Cebolinha, Robban; Cascão tornou-se Smutsus; Magali, Pysan; Bidu é Pitsy; Floquinho é Moppen; o elefante Jotalhão é Flumbo (fofinho até); e nosso amigo Horácio é conhecido por lá como Amfibio!
Para a felicidade dos fãs de pouca, ou muita idade dos personagens de Maurício de Sousa que o acompanham há mais de cinquenta anos, a WMF Martins Fontes anunciou que lançará um livro em comemoração aos 80 anos do ilustrador. 
Este livro trata-se de uma coletânea que reúne três livros, com seis histórias ao todo. Intitulado “Maurício – O Início”, o encarte trará as histórias dos três primeiros livros de Maurício, publicados pela Editora FTD, em 1965. São elas:
A Caixa da Bondade (cujo personagem principal – e pouco conhecido – Niquinho, Maurício não voltou a trabalhar), Chico Bento, O Astronauta no Planeta dos Homens-Sorvete, Zé da Roça… e o dragão que não existia, Piteco e Penadinho contra o Caçador de Cabeça.
Os livros originais são raridades, dificilmente encontrados, mesmo nos sebos mais especializados.

Turma da Mônica Jovem

A releitura da Turma numa versão adolescente, proposta em 2008, é publicada mensalmente pelos Estúdios Maurício de Sousa. Algumas tiragens já chegaram a mais de 400 mil exemplares vendidos, conferindo à nova versão o título de uma das histórias em quadrinhos mais vendidas do mundo.

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