Calor, verão, altas temperaturas e aquela “suadeira” sem fim.
Nessa época, aqui no Brasil, é difícil passar com apenas um banho por dia com
os termômetros batendo a casa dos trinta e cinco graus ou mais. Mesmo com a
crise hídrica, nos vemos sem outra opção para dar um alívio refrescante para o
corpo.
Nas outras épocas do ano, não é muito diferente. Com o passar do
tempo, o brasileiro adquiriu o hábito do banho diário, coisa que não é seguida
à risca em alguns países, mesmo alguns desenvolvidos. E há quem defenda que
esse nosso costume de um ou mais banhos diários não é legal para o nosso corpo.
Será mesmo? De acordo com o artigo de Rachel Wilkerson Miller,
do BuzzFeed,
alguns especialistas dizem que a nossa necessidade real de tomar banho não
precisa ser tão frequente como pensamos. A autora conversou com dois
dermatologistas que deram o seu parecer sobre o assunto.
Questão cultural
Eles disseram que os norte-americanos (que tomam banho na mesma frequência que nós, brasileiros) usam o chuveiro muito mais do que é necessário. De acordo com o Dr. Joshua Zeichner, professor assistente de dermatologia do Hospital Mount Sinai, em Nova York, a frequência de tomar banho e o que percebemos como o odor corporal é "muito mais um fenômeno cultural".
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A dermatologista Dr. Ranella Hirsch, de Boston, apoia o colega:
"Nós tomamos muitos banhos neste país, e isso é perceptível. Uma boa parte
da razão por que fazemos isso é devido a normas sociais”, disse ela.
E há que se destacar que essas normas são principalmente
resultados de uma boa publicidade. Isso mesmo. Tudo porque, após a Guerra Civil
americana, a publicidade e o sabonete se tornaram mais prevalente nos Estados
Unidos, segundo o que disse Katherine Ashenburg, autora de um livro sobre o
assunto.
Ela contou ao BuzzFeed que
os americanos acabaram por se tornar muito mais suscetíveis a essas coisas do
que os europeus. Em seguida, na década de 1920 e 30, mais mulheres entraram no
mercado de trabalho e mais americanos deixaram suas fazendas para trabalhar em
fábricas, levando a outro grande foco cultural na limpeza e no ato de tomar
banho.
A pele pode sofrer
Mas, em relação a se faz mal ou não, sabemos que um bom banho é
ótimo não só para a limpeza do corpo, mas para o relaxamento e para se sentir em
muitas situações. Porém, e a nossa pele, será que sofre com uma frequência
maior de banhos? A resposta é sim, segundo os dermatologistas.
Os especialistas Joshua Zeichner e Ranella Hirsch dizem que
tomar banho com muita frequência (especialmente com água mais quente) pode
ressecar e irritar a pele, além de retirar as bactérias boas que existem
naturalmente em nossa epiderme, criando fissuras de ressecamento que podem
gerar infecções.
Ambos os médicos dizem que os pais não devem dar banhos em bebês
e crianças diariamente. Zeichner afirma que a exposição precoce à sujeira e
bactérias pode tornar a pele menos sensível à medida que envelhecemos, evitando
alergias e doenças como eczema. Para eles, o ideal seria um banho a cada dois
ou três dias.
Em períodos como um inverno mais rigoroso, talvez seja mais
fácil seguir essa recomendação, limpando apenas os pontos mais “críticos”, como
eles indicaram. Agora, imagine no verão? Mesmo os bebês se sentem irritados com
as altas temperaturas e precisam de um banho refrescante para acalmar e lavar o
suor. Dessa forma, o indicado é usar os produtos mais suaves para não ressecar
ou irritar a pele.
O mesmo vale para crianças maiores e até adultos. Se você toma
mais de um banho por dia, a solução então é não exagerar no sabonete, preferir
opções com agentes hidratantes e ser rápido! Afinal, água hoje em dia é um bem
precioso.
FONTE(S)
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