quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Idoso: o mais ilustre cidadão "desconhecido" do País



O Brasil, aparentemente, assustado pelos seus estarem com mais tempo duradouro de vida, precisará urgentemente se preparar para o envelhecimento da população brasileira. Aliás, passou-se o tempo em que o “velho” ocupava o lugar de figura mais importante no meio familiar e da comunidade.
Profissionais da Psicologia e do Serviço Social lutaram constantemente junto às demais categorias, para que a lei de n º 10.741/2003 fosse aprovada e entrasse, de fato, em rigor no País. Porém, sociólogos destacam que se o Brasil precisou de um “Estatuto do Idoso”, é sinal de que algo não está muito bem...
O direito à saúde, educação, cultura, esporte, lazer, trabalho, previdência social, etc, expostos no Estatuto do Idoso, por vezes, não é cumprido, além de inúmeros cidadãos brasileiros acusarem o idoso de “privilegiado” e não concordarem que estes tenham tais direitos.
Famílias se encontram desequilibradas diante do barulho ensurdecedor da cidade, falta o diálogo, o respeito e a comunicação. Cada vez aumentam os índices de abandono, estelionato, agressão física e psicológica à terceira idade e, por vezes, abuso sexual.
As prefeituras buscam através do Cras (Centro de Referência da Assistência Social) cumprir seu papel com grupos para idosos e atividades cotidianas de lazer e conscientização, já com o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) atua diariamente com denúncias de maus tratos e etc., a esta população de média e alta complexidade; o que ainda não parece ser suficiente.
Existe, por vezes, certa problemática com clínicas especializadas para o tratamento com o idoso, casas de repouso, hoje, chamados de asilos ou Ilpi (Instituição de Longa Permanência para Idosos), visto que essas nem sempre são sinônimo de bons tratos e locais adequados, que garantam que os idosos possam viver com dignidade, com muitos desses locais sendo fechados e interditados pela Promotoria de Justiça.
O “velho” precisa se sentir “gente” em meio a esta sociedade que nunca dispõe de tempo para se sensibilizar com este grupo. O Estatuto do Idoso precisa ser compreendido como fruto de um processo de direitos sociais e não uma dádiva.

Marcel Amaral.

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