O Brasil,
aparentemente, assustado pelos seus estarem com mais tempo duradouro de vida,
precisará urgentemente se preparar para o envelhecimento da população
brasileira. Aliás, passou-se o tempo em que o “velho” ocupava o lugar de figura
mais importante no meio familiar e da comunidade.
Profissionais
da Psicologia e do Serviço Social lutaram constantemente junto às demais
categorias, para que a lei de n º 10.741/2003 fosse aprovada e entrasse, de
fato, em rigor no País. Porém, sociólogos destacam que se o Brasil precisou de
um “Estatuto do Idoso”, é sinal de que algo não está muito bem...
O direito
à saúde, educação, cultura, esporte, lazer, trabalho, previdência social, etc,
expostos no Estatuto do Idoso, por vezes, não é cumprido, além de inúmeros
cidadãos brasileiros acusarem o idoso de “privilegiado” e não concordarem que
estes tenham tais direitos.
Famílias
se encontram desequilibradas diante do barulho ensurdecedor da cidade, falta o
diálogo, o respeito e a comunicação. Cada vez aumentam os índices de abandono,
estelionato, agressão física e psicológica à terceira idade e, por vezes, abuso
sexual.
As
prefeituras buscam através do Cras (Centro de Referência da Assistência Social)
cumprir seu papel com grupos para idosos e atividades cotidianas de lazer e
conscientização, já com o Creas (Centro de Referência Especializado de
Assistência Social) atua diariamente com denúncias de maus tratos e etc., a
esta população de média e alta complexidade; o que ainda não parece ser
suficiente.
Existe,
por vezes, certa problemática com clínicas especializadas para o tratamento com
o idoso, casas de repouso, hoje, chamados de asilos ou Ilpi (Instituição de
Longa Permanência para Idosos), visto que essas nem sempre são sinônimo de bons
tratos e locais adequados, que garantam que os idosos possam viver com
dignidade, com muitos desses locais sendo fechados e interditados pela
Promotoria de Justiça.
O “velho”
precisa se sentir “gente” em meio a esta sociedade que nunca dispõe de tempo
para se sensibilizar com este grupo. O Estatuto do Idoso precisa ser
compreendido como fruto de um processo de direitos sociais e não uma dádiva.
Marcel Amaral.
Marcel Amaral.
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