domingo, 24 de janeiro de 2016

Reino Unido pode ser novo modelo internacional de espionagem


O projeto de lei de inteligência britânico pode se tornar um exemplo para outros países.



Se acertarem nos detalhes, a Grã-Bretanha pode se tornar um modelo de como equilibrar segurança e liberdade (Foto: Flickr)

Poucos equilíbrios são tão difíceis de manter quanto aqueles que envolvem gerir uma agência de espionagem. Depois de um ataque terrorista, eleitores exigem ação, e os políticos respondem dando aos seus espiões maiores poderes para plantar escutas e supervisionar atividades, como no Ato Patriota americano, de 2001, e a lei da grande rede de monitoramento passada depois dos ataques na França no ano passado.

Mas esses poderes podem, se usados em abuso, distorcer o sistema político, limitar a liberdade de expressão e influenciar a balança da justiça.

Quando toda a extensão de atividades clandestinas vêm à tona, como no caso das revelações de Edward Snowden sobre a Agência Nacional de Segurança dos EUA, muitos se sentem violados.

Então há muita coisa em jogo na tentativa do Reino Unido de atualizar a lei em relação às atividades domésticas das suas agências de espionagem. O projeto de lei vai explicar, de forma explícita, como a agência de inteligência eletrônica, GCHQ, pode (com um mandato) plantar escutas em computadores e outros dispositivos, coletar e analisar informações (como atividade pelo celular e histórico de uso da internet) e ler mensagens privadas.

Se acertarem nos detalhes, o Reino Unido pode se tornar um modelo de como equilibrar segurança e liberdade; se errarem, séculos de liberdade podem ser estragados.

O maior sucesso da lei é o seu autocontrole. Não requer que empresas enfraqueçam os sistemas que vendem aos clientes, como políticos de muitos países, incluindo o Reino Unido, gostariam. Se as pessoas querem segurança na internet, não têm alternativa se não uma forte criptografia.

As agências têm outros meios de coletar informações, incluindo escutas em telefones e computadores.


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Um comentário:

  1. Eu também concordo. Isso tem que acabar. O terrorismo põe em pânico todos os países desenvolvidos. Por enquanto.
    abraço

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