sábado, 16 de janeiro de 2016

Papel das florestas na regulação do clima


A política reguladora do clima, depende da vontade de todas as nações do mundo

Enquanto a poluição da atmosfera cresceu, assustadoramente, nas últimas cinco décadas, provocada principalmente pela queima do petróleo, liberando os chamados gases de efeito estufa, pode-se afirmar, com parcimônia, que cresceu em proporção geométrica.
Pare e passo, as florestas foram sendo eliminadas, salvo juízo mais acurado, em proporção aritmética, aritmética porque na sua esteira vieram, pela ação benfazeja do próprio terráqueo, florestas artificiais, as mais variadas, para a produção de celulose, lenha, madeiras de lei, frutíferas, como os laranjais, cafezais, e miríades de outras frutíferas deliciosas, extrativas tal qual a seringueira, cuja matéria prima, a borracha natural – na bancarrota por falta de política a atual – castiga a produção nacional e premia a importação – é usada na fabricação de pneus, câmaras de ar e muitos outros produtos utilitários.
Há, ainda, as pastagens luxuriantes, lavouras e mais lavouras, todas elas contribuindo, de certa forma, para amortecer os efeitos escabrosos dos gases de efeito estufa, amortecendo a temperatura e liberando o precioso oxigênio imprescindível a vida na terra. O clima vem sendo agravado, também, com o aumento populacional, tanto humano como animal, as queimadas criminosas de florestas, pastagens, canaviais.
As lavouras, mesmo que de forma discreta, contribuem diretamente para amenizar os efeitos nocivos da queima de petróleo. Contudo, o aumento diário de veículos motorizados alimentados pelos derivados do petróleo, quase que, nulifica tal contribuição. Ia me esquecendo das termelétricas, que agregadas à outras fontes poluidoras vem gerando catástrofes, desencadeando danos, cada vez maiores a mãe natureza, como se pode constatar pelo noticiário, neste momento, em nosso próprio país, inundações, nunca dantes vistas, no Paraná, RS alagando cidades, destruindo pontes nas rodovias, provocando pânico, sofrimento à população, encargos ao estado.
Catástrofes muito piores, ceifando milhares de vidas vêm acontecendo mundo afora. Enquanto tudo isto acontece, o homem, seu maior beneficiário, contemporiza, empurra com a pança a solução, busca do reequilíbrio ambiental. Contudo, ele isolado pouco ou nada pode fazer, ao contrário, movido pela ambição desmedida mortifica ainda mais o ambiente onde vive, sabendo ou não, que age contra si mesmo: “Le contromme”, no pensamento de Jean Paul Sartre.
Contudo, a política reguladora do clima, depende da vontade de todas as nações do mundo. Estas, acossados pela sociedade, em especial, a mais douta, os sábios ambientalistas, muitos apenas de cartola, só mostram a cara nas conferencias, como a de 92 no Rio, Kioto no Japão, agora recente, em Paris. Por sinal, esta, parece ter tomado decisões que poderão ir para a história, história da retomada da luta; pelo menos na teoria. A de agora, face ao aquecimento e seus efeitos escabrosos, produziu como resultante de debates acalorados de ambientalistas e a imprensa, nossa maior aliada, acordo, compromisso das grandes potencias, antes, as mais discordantes, entre si, e, dos países emergentes, de que, o combate, a ação resoluta, contra a degradação mundial, será mesmo posta em prática, iniciada.
Não há mais como tapear, fazer ouvidos moucos, a ambição desmedida das forças promotoras de nossa destruição climática. A mesma ambição que vem desencadeando toda sorte de mazelas à natureza, pode agora, fundada na determinação, vontade soberana, fazer o contrário, alimentar a ambição de salva-la.
Nosso país é grande, gigante pela própria natureza como se canta no hino nacional, todavia, terá que se agigantar, ainda muito mais, em sua renovação ética, pois ética e política, em nosso meio, meio constituído por aqueles contratados pelo voto, encontram-se mais distantes, uma da outra, do que a terra do sol.
Para chegar a este tão almejado reequilíbrio, toda a estrutura e infra-estrutura montada no limbo do petróleo, como aconteceu com o carvão de pedra, terá que ceder lugar à outra nascente, da qual nosso país é também gigante potencial, quase ainda intocável, a energia solar, de forma diferente do petróleo, a mais suja do mundo, a solar, é a mais limpa do planeta.
Confiscando toda propina que corruptos e corruptores, extorquiram da Petrobras, promover um salto gigantesco na exploração da energia solar, a mais limpa, generosa de todas. Acontece que, com a degeneração dos costumes, como exclamava Cícero, século I, a.C. “Ó têmpora! ó mores”! ó tempos, ó costumes, o país, em vez de ter um orçamento equilibrado, vive na corda bamba, pois gasta, há anos, mais do que arrecada, encontra-se insolvente, portanto, a roubalheira do Petrolão, uma vez devolvida, poderá ser investida  na exploração acelerada da energia solar, uma avançada, a outra responsável pelo envenenamento do planeta, regredindo, sendo desativada, aliviando a atmosfera da mortífera degradação, degradação também de costumes morais dos gestores públicos atuais.
A sociedade brasileira tem pela frente, dois desafios, duas barreiras terríveis a vencer, a poluição ambiental que constitui ameaça apocalíptica a toda a humanidade e a poluição mental, ou de caráter, da grande maioria de seus governantes, interna, nacional.
A primeira, em ensaio, terá que ser deflagrada por todas as nações do globo terrestre, reduzindo, de forma cadenciada, a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, cujas prioridades foram, teoricamente, definidas pela conferencia de Paris.
A segunda, implica na correção dos costumes depravados na gestão pública, verdadeira mudança de hábitos deletérios, paradigma, a começar pela substituição do voto subserviente-leniente, pelo voto consciente-independente, este, sua arma mais poderosa na república, pois pode punir os maus e premiar, ao mesmo tempo, os bons gestores públicos, dispensando sem violência os ruins, contratando, de igual forma, outros, promovendo a alternância do poder, marca registrada da democracia.
A degeneração de costumes constitui uma constância na vida dos povos, a família complementada pela escola tem que ser o sustentáculo na formação de homens, a reforma das instituições políticas, suporte na formação de cidadãos. Ela, degeneração, reapareceu no cenário mundial substituindo o rei figura divina, vitalício, pela república, com o Iluminismo, tendo como filósofo mor, Jean Jacques Rousseau.
Este, saiu do anonimato, tal qual, Cícero, proclamado pai da pátria, em Roma, ao ser questionado na Academia de Dijon, se o restabelecimento das ciências e artes contribuiu para aprimorar os costumes, na época, também degenerados. A resposta negativa, a partir daquele momento, concede celebridade a Rousseau, com sua obra máxima, o contrato social ou princípios do direito político, fazendo-o maior vulto do movimento Iluminista.
 Decorridos três séculos, mergulha, de novo o mundo, na devassidão, degeneração dos costumes: Terrorismo, poluição ambiental, poluição mental ou corrupção, esta em nosso caso, no seu ponto culminante.
Isto acontece por falta de vontade, na determinação de uma política, como foi concebida, verdadeira, promotora do bem-estar de todos brasileiros. A que vem sendo praticada, promove o bem-estar dos governantes: privilégios, mordomias: política maquiavélica, velhacaria, mascarando a verdadeira.
A sua reversão clama pela mobilização da consciência nacional, dissolvendo ordeiramente, como no slogan de nossa bandeira, todos os poderes constituídos, pelo voto secreto: município, estado e união. Convocando, a seguir novo pleito, onde os candidatos, fiscalizados de fato pela Justiça Eleitoral, terão que vencer, ganhar eleição de forma honesta, limpa, gastando as solas dos sapatos, conversando com os eleitores, expondo suas idéias e recebendo sugestões, proposições das comunidades. Legitimada, pela participação vibrante da sociedade eleitora, poderá chegar-se a uma política econômica, social, legal, e, no seu bojo, como no título, política florestal capaz de resgatar o clima saudável de tempos idos e vividos, corrigindo os malefícios responsáveis pela degradação da mãe natureza e do caráter humano.
Comente este artigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário