segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O mundo é um condomínio



Quando olhamos o mundo e não entendemos o que acontece nele, é somente olhar na nossa volta e perceber que a humanidade reproduz no seu comportamento sociológico o que acontece nos nossos lares, nas nossas famílias, nos nossos bairros, nas nossas comunidades. Por isso é tão difícil conseguir mudanças no ser humano. As únicas mudanças nos relacionamentos somente acontecem quando uma das pessoas envolvidas consegue mudar.
Podemos observar paralelos entre os comportamentos dos indivíduos dentro de qualquer grupo de seres humanos. Em qualquer um deles podemos encontrar um "Eduardo Cunha", um "Donald Trump", um "Lula", um "Renan Calheiros" ou uma "Sarah Palin". Quem não tem um cunhado, um primo, irmão ou contraparente que não se encaixe dentro dos conceitos de vida de algum dos personagens mencionados.
 Pessoalmente tenho um cunhado que sempre se achou o mais esperto da família, sempre falava como levava vantagem em qualquer negócio que entrava. E aquele que nas reuniões de condomínio quer aparecer mais que qualquer outro, mas nunca está disposto a assumir responsabilidades, ou aquele que é um inadimplente contumaz, mas é quem mais reclama e protesta.
Outro detalhe muito importante. A maioria dos condôminos são pessoas legais, cumpridoras de suas obrigações, mas em todo lugar sempre há uma minoria que atrapalha a convivência.
Todos têm as mesmas características: são egocêntricos, egoístas, preocupados com seu próprio umbigo e não pensam nas necessidades dos outros, somente nas deles.
Quando num condomínio, família, grupo de amigos que viajam juntos ou até vão a jantar para uma comemoração se apresenta a conta, encontramos os mesmos discutindo o valor da conta. Provavelmente são os que mais comeram, ou mais beberam, ou exigem mais dos serviços recebidos, porém são os que querem pagar menos ou ter benefícios extras pelo simples fato deles serem os superchatos.
A culpa não é dos superchatos, mas dos condôminos que não vão às assembleias, o que faz que elas passem a ser dominadas pelos superchatos. Num país a ausência ou falta de presença ou de responsabilidade dos que votam fazem dos superchatos os donos do pedaço.
Por isso, já alguém falou faz muito tempo, os povos e os condomínios têm os síndicos e os governantes que merecem.
E você amigo, tem um bom síndico?

Ricardo Irigoyen



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