sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O blefe



Perseverar na abjeta missão de desovar na sociedade sucessivas gerações de analfabetos funcionais, inocentes úteis coniventes com o Sistema, incapazes de rebelar-se porque destituídos de senso crítico e conhecimento. Na essência é o que se conclui ao analisar o primeiro ano da decantada - em prosa e verso - “Pátria Educadora”, bancada pelo governo Dilma Rousseff no início do segundo mandato.
O anúncio foi feito com rugidos de um leão no limiar de 2015 e chegou ao ocaso em dezembro com miados de um gatinho abandonado e subnutrido.
 O Pátria Educadora foi e continuará um blefe, mera peça publicitária, vexame nacional e internacional.
 O menosprezo com a Educação no Brasil é caso de lesa-pátria, crime inafiançável, motivo - isto sim - para mobilizações, protestos, manifestações de indignação e repúdio.
Do Chuí ao Monte Caburaí. Do operário ao empresário, do professor ao aluno, da coletividade em geral. Porque sem investimentos reais e imediatos no setor educacional o país continuará patinando na lama e na ignorância.
Subserviente aos governantes de plantão, à mídia indutora e fabricante de imbecis em série, ao capital-tubarão e aos políticos inescrupulosos, crianças e jovens continuarão mentalmente cegos, escravizados e servindo a interesses escusos.
Perdemos 2015, 2016 nasce moribundo, em termos de Educação.
Não podemos compactuar com esta atrocidade, temos o dever de lutar para que o ensino de qualidade seja prioridade em todos os níveis de governo, sob pena de nos eternizarmos como nação subdesenvolvida, obtusa e, por consequência, manipulável e passiva.

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