sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O bicentenário Frankenstein

Um clássico da literatura de horror

Frankenstein é um romance de terror gótico, escrito por volta de 1816 e 1917 pela escritora britânica Mary Shelley, que tinha apenas dezenove anos na época. Mary, seu futuro marido Percy, os escritores John Polidori e Lord Byron e um outro hóspede confinaram-se numa cabana às margens do Lago Léman durante o verão de 1916. A erupção do vulcão no Monte Tambora na Indonésia lançou um milhão e meio de toneladas de poeira na atmosfera, o que forçou o grupo a permanecer dentro da cabana. Durante o período em que estiveram confinados, Polidori lia para o grupo diversos livros de terror, alguns alemães traduzidos para o inglês. Byron então sugere que cada um dos presentes escrevesse um conto de terror que seria lido para todos posteriormente, como forma de entretenimento, o que era bastante limitado sob aquelas condições.
Passados vários dias, Mary Shelley ainda nao havia terminado seu conto. Baseados em fragmentos de mesma época de Byron, anos mais tarde Polidori escreveria sua obra Vampiro, a primeira a trazer vampiros com as características que conhecemos hoje. Esta obra, décadas depois inspiraria Bram Stoker em seu Drácula. Ocasionalmente, Mary teve a visão de um jovem estudante de medicina dando vida a uma criatura. Esta visão foi a base para a elaboração do romance Frankenstein de Mary Shelley, tempos depois, encorajada por seu marido. Ao contrário do que se propagou, Frankenstein é na verdade, o nome do personagem da obra de Shelley que da vida à critarua, por ele chamada de “monstro”, “demônio”, “desgraçado” e mesmo “criatura”.
A obra resultou em um filme na década de 1930, e em 1994  filme Mary Shelley’s Frankenstein, dirigido e estrelado por Kenneth Branagh ressucita este clássico da literatura do horror. A criatura é interpretado por Robert de Niro, e Banagh interpreta o Doutor Frankentein. Outras obras do cinema também deram vida à criatura do romance de Shelley.

A história do romance de Shelley é uma narrativa moldura – quando uma história conta outra – onde as cartas do capital Robert Walton, endereçadas à sua irmã, narram os feitos do Doutor Victor Frankenstein, resgatado no ártico pela tripulação de Walton, quando fora avistado sendo perseguido por uma criatura em um trenó. O Dr. Frankenstein é encontrado já bastante debilitado e vem a falecer algum tempo depois, mas enquanto tentava se restabelecer fisicamente narrou ao capitão Walton quem era e o que queria a enorme criatura.
Frankenstein cresceu em Genebra, filho de um aristocrata suíço. Na adolescência, Frankenstein apresenta-se um autodidata, interessado em livros de grandes mestres de alquimia, como Cornélio Agripa e Albertus Mangnus. Aos dezessete anos é enviado para Universidade de para estudar medicina, na mesma época sua mãe morre. Chegando na Universidade, seus futuros mestres condenam a leitura de alquimistas e indicam que Victor estude os livros das modernas ciências naturais. Aluno exemplar, Victor Frankenstein se dedica aos estudos das ciências naturais e acaba por descobrir o segredo da origem da vida. Segredo este que se recusa a revelar ao capitão Walton em suas narrativas.
Victor então passa a dedicar-se a criar um ser humano gigantesco a partir de restos mortais, para isso isola-se do convivio social, colocando a própria saúde em jogo. Dois anos se passaram, e mesmo obtendo sucesso na concepção de sua criatura, Victor a repudia e a abandona. Meses depois recebe uma carta de seu pai relatando o assassinato de seu irmão caçula Willian. Regressando para casa, Victor recebe a notícia de que uma das criadas era acusada pela morte de Willian, mas ele sabe que o verdadeiro responsável era sua monstruosa criação. Sem conseguir provar a inocência da criada, ela é condenada à pena de morte. Sentindo profundo remorso por saber que duas vidas se esvaíram em consequência de seu experimento, Victor parte em busca de localizar o monstro.

Algum tempo depois os dois se encontram e a criatura, que havia se desenvolvido socialmente de maneira incrivel narra ao Dr. Frankenstein sua peregrinação por onde era sempre escorraçado pelas pessoas. Alojou-se nos fundos de um galpão de madeira próximo a uma casa onde morava uma humilde familia, dois filhos e um pai cego. A criatura de Frankenstein conta como aprendeu a linguagem escrita enquanto se escondia no galpão e de seu primeiro contato com o pai daquela família. Porém os filhos, ao ver o pai conversando com aquela criatura horrenda, também o escorraçam. Sentindo profunda amargura, a criatura sai de encontro com a familia Frankenstein, matando Willian. Ele então exige do Dr. Victor que ele crie uma criatura semelhante do sexo feminino, para que o casal possa vivier nas selvas sul-americanas, abandonando de vez o contato com a vida humana.
O Dr. Victor aceita a proposta, mas durante uma reflexão, temeu que as criaturas se voltassem contra a humanidade. Com medo que mais alguém sofresse por consequência de seus atos, o médico destrói a criatura inacabada diante dos olhos de sua primeira criação, que jura se vingar. O monstro assassina Clerval, o melhor amigo do doutor, Elizabeth, sua esposa é morta na noite de núpcias e em seguida seu pai, bastante adoentado também vem a falecer. Sozinho no mundo, o Doutor Frankenstein passa a perseguir sua criatura numa longa caçada, que os leva em direção ao norte. Neste momento, Victor, já bastante fragilizado é resgatado pelo capitão Walton, mas sua embarcação fica presa no gelo, e o médico acaba falecendo.
O capitão Walton encontra a criatura no aposentos do falecido Dr. Frankenstein e ela diz ao capitão que sua jornada de vingança e morte se encerra com o falecimento de seu criador. A criatura se afasta, prometendo ir mais para o norte, onde cometeria suicído.
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