O foco no princípio
Cristão
A
sociedade brasileira encerrou o primeiro ano do mandato do governo central
atolado em sérias e gravíssimas denuncias e um judiciário indo na contramão
daquilo que já foi objeto de apreciação pelo parlamento sobre a égide das
mesmas normas da Constituição promulgada no século XX, no ano de 1990, e que
resultou na cassação do mandato de um presidente da República, também eleito
pelo voto da maioria dos eleitores brasileiros. Do fato ao ato não houve
crítica de golpe.
A
Constituição não mudou as regras, mas, o Judiciário, que é um Poder no Brasil
cujos membros não são eleitos pelo voto do povo e sim nomeados por concuro
público e ou indicados pelo Executivo e aprovados pelo Legislativo, com a
atribuição de aplicar as leis e não o de fazê-las, determinou uma nova regra,
ou seja, a lei que serviu no passado para cassar um presidente agora não serve
mais, mesmo não tendo sido feita nenhuma emenda na Constituição brasileira pelo
Poder responsável pela feitura das leis.
A população
brasileira está ferida, machucada, sofrida e dolorida. Com coisa séria não se
brinca. A brincadeira de deixar ir os anéis e protejer os dedos produziu muitos
romances, cronicas e o que aqui destacamos, um conto rústico infantil para
adultos, onde o lobo-mau querendo alcançar a Chapeuzinho Vermelho comeu a
Vovozinha. A barriga cheia e o olhos grandes não conseguiram enganar a
“caiprinha do interior da floresta” que contou com um “lenhador” para dar cabo
ao indigno. O final é tão fantástico que o pobre e humilde “lenhador” se
transformou num egrégio cirurgião que conseguiu até “ressussitar” a vovozinha
inteirinha e, ainda, sem qualquer ferimento e ilesa até mesmo de um simples ou
mínimo arranhão.
A
imposição de valores pretendidos pelo grupo social minoritário ao majoritário é
historicamente mostrada e comprovada por toda a terra durante séculos que a sua
existência é conflituosa e dura tão somente até que o grito libertário saia da
garganta de algum livre que detenha liderança e ecoe fazendo acionar o gatilho
de reação para o desmantelamento da incômoda e errada obrigação.
O certo e
o errado, o sagrado e o profano, o justo e o injusto são como imãs que se
expulsam e se atraem como outras tantas chaves que se apresentam ou se
justificam em se contraditarem ou se conflitarem como o amor e o ódio, o quente
e o frio, o veneno que mata é o que cura e outros tantos.
Socorrendo,
ainda, nos extremos que se atraem desfraldamos o exemplo contido numa máxima
bíblica, Apocalipse 3.16, que consagra o pensar aqui esposado ao estabelecer,
por igual ou conexo: “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente,
vomitar-te-ei da minha boca”; reforçamos a dualidade que delineia a travessia
da existência entre o viver e o não viver, ou seja, a vida e a morte, o surgir
e o desaparecer ou o simples ser e estar ou o ser ou não ser.
A
distinção básica entre as atitudes e ações envolve uma anuência e uma
consciência. Dificilmente quem se encontra sujeito do conflito e presente no
seu olho terá dificuldade em considerar a amoralidade do mesmo porque a carga
moral é atribuída a alguém que questiona um crime dentro de um conjunto de
costumes. Por ética e não por direito concebe-se que sujeito sujo não tem moral
para atribuir dolo ou considerar a imoralidade do outro. Mas, entre tanta lama
e acusações quem pode estar sem respingo? Estou certo que eu e creio que muitos
outros também. Mas é melhor ficarmos atentos, distantes da perdição com foco no
princípio Cristão de afastar o cálice porque a dignidade assenta quando o
exemplo é pedra angular.
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