segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

A dignidade assenta quando o exemplo é pedra angular

O foco no princípio Cristão

A sociedade brasileira encerrou o primeiro ano do mandato do governo central atolado em sérias e gravíssimas denuncias e um judiciário indo na contramão daquilo que já foi objeto de apreciação pelo parlamento sobre a égide das mesmas normas da Constituição promulgada no século XX, no ano de 1990, e que resultou na cassação do mandato de um presidente da República, também eleito pelo voto da maioria dos eleitores brasileiros. Do fato ao ato não houve crítica de golpe.
A Constituição não mudou as regras, mas, o Judiciário, que é um Poder no Brasil cujos membros não são eleitos pelo voto do povo e sim nomeados por concuro público e ou indicados pelo Executivo e aprovados pelo Legislativo, com a atribuição de aplicar as leis e não o de fazê-las, determinou uma nova regra, ou seja, a lei que serviu no passado para cassar um presidente agora não serve mais, mesmo não tendo sido feita nenhuma emenda na Constituição brasileira pelo Poder responsável pela feitura das leis.
A população brasileira está ferida, machucada, sofrida e dolorida. Com coisa séria não se brinca. A brincadeira de deixar ir os anéis e protejer os dedos produziu muitos romances, cronicas e o que aqui destacamos, um conto rústico infantil para adultos, onde o lobo-mau querendo alcançar a Chapeuzinho Vermelho comeu a Vovozinha. A barriga cheia e o olhos grandes não conseguiram enganar a “caiprinha do interior da floresta” que contou com um “lenhador” para dar cabo ao indigno. O final é tão fantástico que o pobre e humilde “lenhador” se transformou num egrégio cirurgião que conseguiu até “ressussitar” a vovozinha inteirinha e, ainda, sem qualquer ferimento e ilesa até mesmo de um simples ou mínimo arranhão.
A imposição de valores pretendidos pelo grupo social minoritário ao majoritário é historicamente mostrada e comprovada por toda a terra durante séculos que a sua existência é conflituosa e dura tão somente até que o grito libertário saia da garganta de algum livre que detenha liderança e ecoe fazendo acionar o gatilho de reação para o desmantelamento da incômoda e errada obrigação.
O certo e o errado, o sagrado e o profano, o justo e o injusto são como imãs que se expulsam e se atraem como outras tantas chaves que se apresentam ou se justificam em se contraditarem ou se conflitarem como o amor e o ódio, o quente e o frio, o veneno que mata é o que cura e outros tantos.
Socorrendo, ainda, nos extremos que se atraem desfraldamos o exemplo contido numa máxima bíblica, Apocalipse 3.16, que consagra o pensar aqui esposado ao estabelecer, por igual ou conexo: “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca”; reforçamos a dualidade que delineia a travessia da existência entre o viver e o não viver, ou seja, a vida e a morte, o surgir e o desaparecer ou o simples ser e estar ou o ser ou não ser.
A distinção básica entre as atitudes e ações envolve uma anuência e uma consciência. Dificilmente quem se encontra sujeito do conflito e presente no seu olho terá dificuldade em considerar a amoralidade do mesmo porque a carga moral é atribuída a alguém que questiona um crime dentro de um conjunto de costumes. Por ética e não por direito concebe-se que sujeito sujo não tem moral para atribuir dolo ou considerar a imoralidade do outro. Mas, entre tanta lama e acusações quem pode estar sem respingo? Estou certo que eu e creio que muitos outros também. Mas é melhor ficarmos atentos, distantes da perdição com foco no princípio Cristão de afastar o cálice porque a dignidade assenta quando o exemplo é pedra angular.
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