sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O parlamento não é do povo



Vivemos novos tempos. Há décadas ouvimos falar sobre corrupção, mas jamais vimos situações concretas sobre punições. Desde o mensalão o Brasil se desdobra em investigar e punir corruptos e corruptores.

A cada dia que passa estoura casos de roubalheira do dinheiro público. Na história da nossa República isso jamais aconteceu. Há muitos pontos positivos em prender quadrilhas de assaltantes dos recursos públicos.

A sociedade finalmente tem esperança de uma limpeza geral na política brasileira. A economia brasileira está em frangalhos, graças à ação de quadrilhas organizadas, dentro do setor público.

Essa doença precisa ser extirpada do organismo estatal brasileiro. Todos nós desejamos ares mais límpidos, para que possamos respirar uma nova era. Para isso precisamos mudar muito, a nossa cultura e a nossa participação.

O grande problema é que estamos sofrendo com tudo isso. Sabemos que para curar uma grande doença às vezes a dor é necessária. Mas quando teremos a recuperação da nossa economia?

Esses processos podem se estender por anos, como ocorreu no Mensalão. Até lá sofreremos com a estagnação da economia, o endividamento das famílias e o desemprego? Esperamos sinceramente que o momento atual seja mesmo de limpeza de toda a sujeira que enlameou a política brasileira em décadas. E que piorou muito nos dois últimos governos.

 Como já afirmei, o problema é a lentidão desses processos.
Com a evolução da eletrônica, estamos num período perigoso. Imagens de pessoas e gravações de conversas telefônicas são comuns. Temos que pensar que a maioria dessas imagens veiculadas e gravações de conversas telefônicas são ilegais. Elas não se prestam para provar culpabilidade de ninguém, salvo se autorizadas pela Justiça.
Falei da cultura política brasileira. Esse é o maior problema a ser enfrentado, por toda a sociedade. Comecemos pelo nosso sistema eleitoral. As eleições são movimentadas com dinheiro, muito dinheiro.
Campanhas eleitorais são caras, começando pelo cargo de vereador. É muito comum os gastos dos candidatos superarem os ganhos líquidos em quatro anos de mandato. Do mesmo modo ocorre com candidaturas a deputados estaduais e federais. O prejuízo financeiro é garantido, mas a eleição não.
 Muitos candidatos fazem de tudo para chegar ao poder. Quando não são eleitos tem que pagar os prejuízos. Por que motivo a política é tão atraente, se dá prejuízo? Isso acontece porque, durante o mandato, há esperança de entrar dinheiro extra. Então começa os acertos por qualquer gasto do erário em favor dos detentores de mandato.
Vimos também as estratégias para obter as provas desses tipos de crime. É normal utilizar uma câmera escondida, para flagrar o infrator. É praxe esse tipo de procedimento. Mas temos que ter cuidado: prova ilícita pode beneficiar o criminoso no futuro.
Um processo criminal, por mais robusto que seja em provas, pode ser anulado integralmente, se não for seguido o devido processo legal. Cuidado com as câmeras escondidas, senhores políticos e detentores de mandato. Num futuro próximo, esperamos por eleições integralmente limpas. Para isso é preciso seguir algumas regras: a extinção dos partidos nanicos, que só buscam cargos e estimulam a corrupção.
Por outro lado, o VOTO NÃO PODE SER OBRIGATÓRIO. E placar de 46x0 numa cassação pode ser de medo. Se a moda pega, pelo mesmo motivo vai sobrar pouco deputado na Assembleia gaúcha. Quase todos adotam a mesma praxe.
 Tem funcionário fantasma de deputado estadual, de vereador, de deputado federal. Aqui mesmo em Passo Fundo tem fantasmas encarnados!
Comente este artigo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário