sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Uma crise para evoluir



A cultura brasileira de reclamar e apontar o dedo para o outro, buscando os erros alheios sem nada fazer, está sendo questionada fortemente. Reclamação sem participação já soa como hipocrisia, afinal, quem é a sociedade (tão criticada) senão o conjunto de nós mesmos? A máxima do "seja a mudança que você quer no mundo" anda em alta.
A dificuldade de muitos para essa revolução é explicada - mas não justificada! - pelo costume de uma acomodação tipicamente brasileira, que todos nós conhecemos bem e que muitas vezes se camufla, tendenciosamente, como pacifismo. Quem nunca reprovou no seu íntimo ou mesmo explicitamente um cidadão reivindicando seus direitos? "Que sujeito chato esse que trava a fila do mercado por conta de um preço errado ou alguma falta de cumprimento da lei a seu favor" - pensamos algumas vezes, certo? Errado.
Fazer a nossa parte não é apenas lutarmos pela garantia de nossos direitos, mas cumprirmos também com nossos deveres, deveres de cidadão. É jogar lixo no lixo, não poluir, respeitar diferenças, ser solidário, pensar coletivamente; no exercício da verdadeira cidadania.
Estamos na crise do crescimento moral e ético, quando se contestam valores, pensamentos; atos comuns até então. A cultura do individualismo, amiga do egoísmo, que vinha sendo apreciada e disseminada já está sendo vista com outros olhos. Já há um despertar para a verdade de que juntos formamos uma unidade, já que vivemos de forma social.
Neste momento de crise, há que se pensar nas oportunidades. Falo aqui da oportunidade de olharmos para nós com disposição e coragem para mudar e nos tornarmos, de fato, pessoas melhores. Por um mundo melhor. Sem essa honestidade para conosco mesmos, torna-se impossível qualquer mudança real. É a oportunidade de uma nova tomada de consciência. E podemos aproveitar para evoluir como sociedade.

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