domingo, 8 de novembro de 2015

Tempos bicudos



Nenhuma novidade nessa frase pessimista, diante daquilo que todos os indicativos apresentam com relação ao novo ano que está chegando.
O setor da construção civil, que se mostra como parâmetro de uma atividade abrangente, segundo o Sinduscon-SP, deverá perder número superior a 550 mil postos de trabalho, até o final deste ano, sem nenhuma previsão de melhoria para 2016.

Os demais índices, com exceção da rentabilidade bancária, tambem seguem o mesmo caminho com indicação de tempos negativos para os governos Federal, Estadual e Municipal, considerando a redução natural de recolhimento de impostos e outras obrigações.

A área federal projeta, segundo o orçamento, uma entrada, em 2016, com rombo superior a R$ 100 bilhões, indicando cortes profundos no orçamento dos ministérios e, com isso, redução brusca nos investimentos.

Assim como ocorrerá, também, nos Estados e municípios, formando a velha e conhecida roda viva, que voltará negativa para os cofres públicos, gerando ainda mais problemas administrativos, para o cumprimento de pagamento das folhas salariais, dos juros pela tomada de dinheiro nas casas de crédito, no pagamento com fornecedores etc, mostrando “nuvens carregadas” no horizonte "verde e amarelo", para a próxima temporada.

O setor comercial, levado pelo embalo das consequências, reduzirá ao máximo a tomada de dinheiro junto aos bancos, considerando os juros estratosféricos, redundando em aquisição menor de produtos junto à indústria e a consequente dispensa de empregados, buscando um maior equilíbrio entre receita e despesa.

 O que, por sua vez, provocará aumento das filas na busca do abono desemprego, com maior prejuízo aos cofres governamentais.

Lamentável, mas esse é o clima que se pode observar para a virada do ano.



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