segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Seleção natural: uma contribuição das redes sociais


Avanços tecnológicos significativos na área da informação permitem-nos uma comunicação importante e em tempo real com qualquer parte do mundo, conectam-nos a um toque no teclado de um computador ou de um celular com amigos e desconhecidos, com pessoas boas ou ruins, com sites bem intencionados ou com pragas cibernéticas.
Não conhecemos o cérebro, as intenções, a ética ou os comprometimentos políticos/religiosos/partidários das mentes por trás de um computador até interpretarmos suas postagens. A partir daí, se tivermos paciência e tempo, poderemos entender estes maus usos desta tecnologia e despachar o intrometido apertando a tecla DEL, salvação de quem não atura mexericos - “... mexerica é um pouco aquilo que é misturado, uma vez que a própria fruta pareceria uma mescla do limão com laranja”... “como certas pessoas que, parecendo doces na nossa presença, são mais ácidas às nossas costas...”, segundo Cortella.
Embora entenda a necessidade de um controle mais rígido sobre o modo de utilizar esta tecnologia, não uma censura, mas uma indicação de respeito ao outro que está do outro lado, na recepção, e que se calcula que possam ser sete bilhões de pessoas, que não têm necessidade de ler, ver e ouvir milhões de imbecilidades, boatos, fanatismos descontrolados, entendo que, paradoxalmente, esta liberdade total, mas muito mal aproveitada, poderá provocar uma seleção natural no comportamento humano do século 21: “provocará uma seleção entre os imbecis e os não imbecis”.
O risco é os imbecis saírem vencedores, esta seria a notícia ruim, mas há a notícia boa, os imbecis se destruírem por autofagia e recomeçariam pela comunicação por mensagens de fumaça, com boa vontade redescobririam a galena ou o telégrafo. Isto seria o que denominamos de apocalipse.
Mas... como sou otimista, espero que uma nova geração de usuários surja e, alternando comunicação interpessoal presencial com virtual e valorizando uma melhor qualidade nas postagens, permita-nos uma rede mundial de comunicação e informação propositiva, ética e despida de maledicências, fofocas e mexericos.
Uma rede onde não sejam banalizadas as más ações, os desastres de relacionamentos interpessoais, mas que se dê ampla divulgação daquilo que promova o que de melhor existe na natureza humana e isto, apenas isto, seja selecionado por esta fantástica pressão de seleção...

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