sábado, 21 de novembro de 2015

Aposentados: Serão os que atrapalham?



O veto da presidente Dilma ao benefício dos aposentados, dentro dos mesmos índices dados aos trabalhadores da ativa, corroborado nesta semana, pela maioria do Congresso, que aprovou o veto, demonstra claramente que, no pensamento do Planalto e do Legislativo, aquele que, embora tenha oferecido muito do seu trabalho ao País, quando chega a merecida aposentadoria, passa a ser considerado alguém que passou a atrapalhar o equilíbrio das finanças previdenciárias.

 “Quer dizer, tornou-se um imprestável e, portanto, incluído na categoria dos que apenas sugam o erário público”.

No Brasil, pelas leis existentes, parece que o governo cuida e protege o idoso, mas, na verdade, o direito que deveria ser considerado sagrado foi rasgado e jogado no lixo: o direito a uma vida tranquila e estável, justamente num período onde é exigido maior gasto daqueles que chegaram a aposentadoria, pela necessidade de exames médicos constantes e aquisição de remédios, para manutenção da saúde...

 O aposentado passa a ser discriminado, através de reajustes ridículos, com achatamento permanente do seu poder aquisitivo, promovendo-o à condição humilhante de dependente da família e de um sistema de saúde falido, pelo mau gerenciamento dos governos que se seguem.

Como pode um aposentado gozar de determinados privilégios colocados em lei, se, embora tenha descontado para o sistema previdenciário, durante sua vida útil, sobre três, quatro ou mais salários, e quando passa à inatividade, tem seu poder aquisitivo reduzido a cada novo ano, pela defasagem dos reajustes?

A cantilena dos candidatos ao Planalto e cadeiras do Parlamento é sempre a mesma, de proteção aos direitos dos idosos, mas, quando eleitos, uma grande maioria - como ficou mais uma vez provado, esta semana - é de que aposentado só tem algum valor na hora de colocar o voto na urna.


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