O veto da presidente Dilma ao benefício dos aposentados, dentro
dos mesmos índices dados aos trabalhadores da ativa, corroborado nesta semana,
pela maioria do Congresso, que aprovou o veto, demonstra claramente que, no
pensamento do Planalto e do Legislativo, aquele que, embora tenha oferecido
muito do seu trabalho ao País, quando chega a merecida aposentadoria, passa a
ser considerado alguém que passou a atrapalhar o equilíbrio das finanças
previdenciárias.
“Quer
dizer, tornou-se um imprestável e, portanto, incluído na categoria dos que
apenas sugam o erário público”.
No Brasil, pelas leis existentes, parece que o governo cuida e
protege o idoso, mas, na verdade, o direito que deveria ser considerado sagrado
foi rasgado e jogado no lixo: o direito a uma vida tranquila e estável,
justamente num período onde é exigido maior gasto daqueles que chegaram a
aposentadoria, pela necessidade de exames médicos constantes e aquisição de
remédios, para manutenção da saúde...
O aposentado passa a ser
discriminado, através de reajustes ridículos, com achatamento permanente do seu
poder aquisitivo, promovendo-o à condição humilhante de dependente da família e
de um sistema de saúde falido, pelo mau gerenciamento dos governos que se
seguem.
Como pode um aposentado gozar de determinados privilégios
colocados em lei, se, embora tenha descontado para o sistema previdenciário,
durante sua vida útil, sobre três, quatro ou mais salários, e quando passa à
inatividade, tem seu poder aquisitivo reduzido a cada novo ano, pela defasagem
dos reajustes?
A cantilena dos candidatos ao Planalto e cadeiras do Parlamento é
sempre a mesma, de proteção aos direitos dos idosos, mas, quando eleitos, uma
grande maioria - como ficou mais uma vez provado, esta semana - é de que aposentado só tem algum valor na hora de colocar o
voto na urna.
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