domingo, 1 de novembro de 2015

A persistência da violência contra a mulher


                Quando pensamos em uma sociedade evoluída, é quase inevitável que certas palavras venham à nossa mente. Entre esse conjunto de palavras atraídas tão ingenuamente para nosso pensamento, estão aquelas que sempre utilizamos para representar o mundo ideal: igualdade, justiça, paz, amor.
 A sociedade brasileira, já há muitos anos, vem conquistando o título de sociedade evoluída, mas em que sentido? Como podemos notar pela simples observação do cotidiano, diversas formas de violência continuam a ser praticadas. E, infelizmente, a violência contra a mulher permanece forte e inabalável nessa lista sombria.
 Esse é um tema que recebe apenas a atenção parcial de nossa sociedade. Apesar de terem sido promovidos debates e campanhas e toda sorte de programas de ajuda e apoio às mulheres agredidas, a situação não mudou. E o que é mais alarmante: o número de assassinatos e abusos físicos e psicológicos contra a mulher aumentou, nas últimas décadas.
 Os programas de ajuda existem, de fato, mas muitas mulheres se sentem intimidadas, seja pelo agressor ou pelo medo da consequência de seu ato, e deixam de cumprir seu único dever perante a situação: pedir ajuda.
Além disso, talvez por não conhecerem outras realidades, muitas mulheres são levadas a pensar que a violência que sofrem é algo normal, algo que precisam aguentar. Porém, esse é um dos maiores erros que poderiam cometer. Não estamos mais na Idade Média, onde o sexo feminino era considerado um mero objeto que estava sujeito a todas as vontades e impulsos do homem.
 Portanto, não podemos aceitar que a violência contra a mulher se perpetue. Todos têm o direito de serem felizes, de viverem uma vida justa e baseada em princípios de igualdade e paz. Devemos denunciar, sem culpa, se soubermos ou sofrermos algum ato de violência, devemos estar dispostos a lutar pela conscientização daqueles que nos rodeiam e não medir esforços para abrir os olhos da sociedade sobre a importância da mulher.
 Dessa forma, poderemos, finalmente, riscar um item da lista terrível da violência e marchar verdadeiramente ao caminho de nossa evolução.
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