Parece até doidaria, mas não é: o arquiteto do terror em
Paris, morto pela polícia francesa em Saint-Denis, não era sírio, nem
iraquiano, nem palestino, nem iemenita, nem saudita; era um cidadão europeu com
passaporte belga. Fica o registro. E o alerta. No Brasil, não apartado da
ameaça terrorista, o quadro é outro: inflação em alta, queda na produção,
desemprego crescente, aumento alarmante do índice de miséria.
A pauta-bomba do Congresso Nacional foi desaperrada. Renan
Calheiros, presidente do Senado Federal e declarado desafeto político da chefe
da Nação, ora peitado pelo Palácio do Planalto - o preço ninguém desconfia e
absolutamente ninguém sabe! - caiu no regaço e lambe as tetas presidenciais.
Eduardo Cunha, presidente da Câmara Baixa e mais do que
enrolado com dinheiro mal-havido no Brasil e recambiado para a Suíça, se
autodestrói. O impeachment - acertos cá e lá! - morreu na casca.
Pois bem, inexistem justificativas plausíveis e nem
possibilidades de colocar a culpa em terceiros. Nesse caso, o que a presidente
organiza para sacar o Brasil da grave crise econômica, política e ética que
engessou as atividades no ano que vai embora? Até agora nada; absolutamente
nada. É aterrador que o ano de 2016 - que bate à porta! - tenha o seu início
sem um projeto nacional capaz de retomar o crescimento.
Lula, que mentiu sobre o mensalão e foi atropelado pelo
petrolão, lança mais uma de suas pérolas: "Antes de chegar em 2018" -
ele sonha com um novo reinado! -, "temos que ajudar a companheira Dilma a
sair da encalacrada que a oposição colocou a gente". Caramba! Não foi a
oposição que colocou a presidente em uma enrascada.
Por sua irresponsabilidade e incompetência, o governo
tomou o bonde errado. E errou feio. Gastou o que não tinha. Para reeleger-se, a
companheira jogou o Brasil na recessão. E agora o país patina. E a presidente
não sabe o que fazer.
A relação com os congressistas continua medíocre. Tudo são
incertezas. De olho na eleição de 2018, o PMDB está pronto para dar o bote
final.
Para piorar, a total carência de dinheiro gerou um clima
de cada um por si no seio do governo petista. Em Brasília, na cúpula do Dnit,
por exemplo, a duplicação do trecho Pelotas-Porto Alegre da BR-116, que marcha
à pas de tortue, corre o risco de sofrer paralisação.
O Ministério dos Transportes, ora nas mãos do PR, tem
interesses políticos em outras bandas. A ideia, porém, ainda não chegou aos
ouvidos da presidente Dilma Rousseff. Portanto, há esperanças...
Livre do impeachment - ao menos por enquanto! - a presidente
ressuscita e ganha uma nova chance; talvez a última. Mas - é algo
fantasmagórico! - madame não sabe o que fazer com a nova oportunidade. Quelle
affaire!
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