segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A chance final


Parece até doidaria, mas não é: o arquiteto do terror em Paris, morto pela polícia francesa em Saint-Denis, não era sírio, nem iraquiano, nem palestino, nem iemenita, nem saudita; era um cidadão europeu com passaporte belga. Fica o registro. E o alerta. No Brasil, não apartado da ameaça terrorista, o quadro é outro: inflação em alta, queda na produção, desemprego crescente, aumento alarmante do índice de miséria.
A pauta-bomba do Congresso Nacional foi desaperrada. Renan Calheiros, presidente do Senado Federal e declarado desafeto político da chefe da Nação, ora peitado pelo Palácio do Planalto - o preço ninguém desconfia e absolutamente ninguém sabe! - caiu no regaço e lambe as tetas presidenciais.
Eduardo Cunha, presidente da Câmara Baixa e mais do que enrolado com dinheiro mal-havido no Brasil e recambiado para a Suíça, se autodestrói. O impeachment - acertos cá e lá! - morreu na casca.
Pois bem, inexistem justificativas plausíveis e nem possibilidades de colocar a culpa em terceiros. Nesse caso, o que a presidente organiza para sacar o Brasil da grave crise econômica, política e ética que engessou as atividades no ano que vai embora? Até agora nada; absolutamente nada. É aterrador que o ano de 2016 - que bate à porta! - tenha o seu início sem um projeto nacional capaz de retomar o crescimento.
Lula, que mentiu sobre o mensalão e foi atropelado pelo petrolão, lança mais uma de suas pérolas: "Antes de chegar em 2018" - ele sonha com um novo reinado! -, "temos que ajudar a companheira Dilma a sair da encalacrada que a oposição colocou a gente". Caramba! Não foi a oposição que colocou a presidente em uma enrascada.
Por sua irresponsabilidade e incompetência, o governo tomou o bonde errado. E errou feio. Gastou o que não tinha. Para reeleger-se, a companheira jogou o Brasil na recessão. E agora o país patina. E a presidente não sabe o que fazer.
A relação com os congressistas continua medíocre. Tudo são incertezas. De olho na eleição de 2018, o PMDB está pronto para dar o bote final.
Para piorar, a total carência de dinheiro gerou um clima de cada um por si no seio do governo petista. Em Brasília, na cúpula do Dnit, por exemplo, a duplicação do trecho Pelotas-Porto Alegre da BR-116, que marcha à pas de tortue, corre o risco de sofrer paralisação.
O Ministério dos Transportes, ora nas mãos do PR, tem interesses políticos em outras bandas. A ideia, porém, ainda não chegou aos ouvidos da presidente Dilma Rousseff. Portanto, há esperanças...
Livre do impeachment - ao menos por enquanto! - a presidente ressuscita e ganha uma nova chance; talvez a última. Mas - é algo fantasmagórico! - madame não sabe o que fazer com a nova oportunidade. Quelle affaire!

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