terça-feira, 2 de junho de 2015

Intuição e indolência

Tudo que o ser humano engendrou com o seu cérebro acorrentado ao materialismo, sem a participação da intuição, acabou sendo desvirtuado. Agora, com desconfiança e arrogância, ele segue o seu caminho sem consideração pelo próximo. Se as pessoas conhecessem o significado da vida e o funcionamento das leis do Criador, então se prostrariam diante da grandeza do Amor do Altíssimo e teriam compaixão e consideração uns com os outros, haveria paz, progresso e felicidade no mundo.
O homem é o cérebro, a mulher o coração mais intuitivo e generoso. Quando o coração fica insensível, o cérebro embrutece e o mundo perde a paz e a alegria de viver. A intuição tem toda a importância na vida, pois ela, como guia, sabe das coisas. Ela é captada através do plexo solar, encaminhada pela rede de nervos para o cerebelo, processada e enviada para o cérebro frontal para fazer análises, ajustes e para a tomada de decisão, mas lamentavelmente grande parcela da humanidade não a ouve mais.
Sem a intuição, as pessoas tomam decisões a esmo, sem o devido cuidado e ponderação; tornam-se indolentes, amortecendo a capacidade de fazer escolhas de caminhos na vida partindo do impulso interior, caindo na negligência, agindo de forma automática quando acolhem estímulos vindos de fora. Assim, muitas coisas no mundo estão assumindo aspecto de aspereza.
Atualmente, os mais importantes impulsos vêm do dinheiro, em seguida há o impulso do sexo e da vaidade que provocam algum movimento contrariando um pouco a letargia dominante, mas sem a mínima harmonia. Com tais impulsos comandando a vontade, o ser humano vai se tornando mesquinho, passando a olhar a tudo e a todos com ar de superioridade, julgando-se melhor que os outros e, ao mesmo tempo, com a repugnante inveja e cobiça que não produz nada de bom para os relacionamentos.
A ânsia por acumular dinheiro e poder foi gerando o tipo de vida que estamos vivendo. Faltam acordos que possibilitem o equilíbrio entre os países, pois enquanto uns produzem para exportar, outros usam o dinheiro acumulado para financiar, mas muitos caem na dependência e precarização. Faltam estadistas capacitados e população mais consciente e ativa para impulsionar a economia e o progresso. Os países precisam de consistência na atividade econômica interna que não implique no aumento dos déficits externos e principalmente, que mantenha o endividamento público sob controle estrito, pois uma vez enredados nos financiamentos fica muito difícil recuperar a estabilidade.
Nas últimas décadas, os governantes no Brasil deram ênfase prioritária ao aspecto econômico. Mas como pagar as dívidas contraídas de forma irresponsável e cujos montantes foram malversados e mal aplicados? Deixaram de lado a sua tarefa principal de dar o adequado preparo para as novas gerações para assegurar um futuro condigno, em consequência disso vamos rolando para baixo na escala da qualidade humana.
Há todo um conjunto de fatores que promovem desânimo e indolência. Falta a cultura do trabalho, de fazer bem feito, seguindo a lei do movimento e de ter condições de dar sustento à família, seguindo a lei do equilíbrio. Isso se aplica também aos governantes e empresas vencedoras de licitações. Tratam o Brasil e sua população como se fosse uma colônia para ser predada e posta para dormitar para não se tornar independente.
Os agentes internos precisam de condições para expandir a indústria e a agricultura, e consequentemente promover o crescimento do mercado interno e do comércio, dando nova disposição à população para agir, buscando fazer sempre o melhor. Para colocar as engrenagens em movimento, os indivíduos têm de fortalecer a vontade própria procedente da intuição para assim construir uma vida voltada para o bem geral.

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