segunda-feira, 1 de junho de 2015

Descubra por que brochar não é a única preocupação que você deve ter com relação ao seu desempenho sexual

A disfunção erétil é um problema que atinge 25 milhões de brasileiros, mas a verdade é que existem outras.
A disfunção erétil é um problema que atinge 25 milhões de brasileiros, mas a verdade é que existem outras condições que, embora menos populares, podem encrencar sua vida sexual pra valer. Para provar isso a gente conversou com Dr. Carlo Passerotti, urologista, professor livre-docente da disciplina de Urologia, no Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e Coordenador do Núcleo de Cirurgia Robótica, do hospital alemão Oswaldo Cruz, para saber: quais outras complicações podem comprometer a vida sexual de um homem?

1) Desejo sexual hipo ou hiperativo e aversão sexual. Normalmente a hipo ou hiperatividade tem causas relacionadas ao metabolismo dos hormônios. “Existe uma glândula chamada Adrenal que ajuda a controlar esses hormônios, e o mal funcionamento dessa glândula faz com que as pessoas possam ter alterações”, afirma Passerotti. Segundo o especialista, a própria função dos testículos (que é produzir a testosterona) fica comprometida. “Existem outras causas de hipoatividade sexual que são stress e cansaço, além de medicamentos que inibem e diminuem a atividade sexual, como são os remédios para depressão.”

A hiperatividade sexual pode estar relacionada ao aumento de hormônio e, às vezes, por algum tumor de adrenal e testículo, ele faz com que a pessoa tenha maior nível de hormônio no corpo e com isso tenha uma hiperatividade. “Pode ocorrer alguns distúrbios de comportamento que são relacionados à parte psicológica e que levam a hipo ou hiperatividade”, acrescenta o médico.

2) Ejaculação precoce já é diferente. “Muita gente confunde com uma disfunção erétil e não é. A ejaculação precoce não é que o paciente não consegue ereção. Ele ejacula muito rápido e isso normalmente está associado a ansiedade de performance”, explica Passerotti. De acordo com o urologista, essa necessidade de satisfazer a mulher/parceira acaba gerando uma ansiedade prejudicial, que às vezes faz a pessoa ter uma ejaculação muito rápida, justamente na tentativa de segurar isso. Por outro lado, “há tratamento medicamentoso, psicoterápico e orientações em relação ao comportamento sexual”, salienta ele.

3) A ejaculação retrógrada acontece por uso de medicamentos, pela cirurgia para hiperplasia (o aumento do número de células num órgão) de próstata – a principal causa – ou por conta de medicamentos usados para tratar a hiperplasia. “A ejaculação, ao invés de ser jogada para frente via uretra, (o que se espera que ocorra para que o paciente tenha a saída do esperma e do líquido seminal), vai para a bexiga e se dilui na urina. Com isso não tem saída de esperma e o paciente não consegue engravidar uma mulher”, comenta Passerotti. O médico explica que existem outras causas para a ejaculação retrógrada, como tumores de retroperitônio, cirurgia de retroperitônio e doenças de coluna. “Tudo que mexe com a inervação e com o sistema entre a bexiga e a uretra pode causar ejaculação retrógrada. Dependendo da causa, existe tratamento. Se for medicamentosa: suspende-se ou troca o remédio. Agora, quando é por uma causa cirúrgica, normalmente não tem retorno, você não consegue tratar”, esclarece.

4) A ejaculação retardada e a falta de orgasmo acontecem quando o homem tem alguma complicação que faz ele demorar muito ou não alcançar o orgasmo. “Ela ocorre devido ao uso de alguns remédios, entre eles, os antidepressivos. Eles podem causar uma alteração na parte de sensibilidade e isso leva a uma falta ou atraso de orgasmo”, conta Passerotti.

 Felizmente, ela é reversível quando se interrompe ou troca o medicamento.

Comente este artigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário