terça-feira, 17 de março de 2015

Nicolás Maduro, o papel higiênico e os americanos

Nicolás Maduro, o caricato tiranete da Venezuela que reza para o Santo Hugo Chávez, culpa os Estados Unidos pela falta de papel higiênico. Isso, isso, isso, por causa do americano o venezuelano anda com o traseiro sujo! Pode? Ora, ora, ora, seu Barack Obama, como você faz uma coisa dessas? Caramba, pensei com meus botões: qual a vantagem da maior potência do Planeta deixar o venezuelano andar de bunda suja?
Pelo sim, pelo não, Maduro chegou a um acordo com Trinidad e Tobago para trocar petróleo e asfalto por produtos de primeira necessidade, entre eles papel higiênico. O caricato governante segue a cartilha da “esquerda” mundial ao pé da letra, ou seja, há sempre um culpado por seus fracassos. Nesse caso sem originalidade!
Ao que consta a mesma tática os americanos aplicaram em Cuba! Estive na ilha e todos com quem conversei se queixaram da falta de papel higiênico. Isso, isso, isso, da falta de papel. Os cubanos andavam (e andam) de bunda suja por culpa do “bloqueio americano” garantiu o garoto da Juventude Comunista que trabalhava como garçom num hotel em Varadero. O interessante é que nos hotéis luxuosos (como os Meliá) e nos quais cubanos só podem entrar como serviçais o papel higiênico é macio e abundante. Eis a contradição genial: papel higiênico é para o traseiro delicado dos burgueses. Ou seja, socialista/comunista não precisa limpar as partes pudendas (e a mulher não necessita de absorvente íntimo, outro produto inexistente nesses regimes).
Nos banheiros das casas que entrei em Havana (o mesmo se deu em Cienfuegos) o jornal Gramma (órgão oficial do Partido Comunista Cubano) era cortado em pedaços simétricos e posto num arame para uso do vivente. Os cubanos faziam (ainda devem fazer) fila para comprar o jornal por causa desse uso mais nobre – vamos dizer assim – que davam (e ainda devem dar) ao órgão oficial da tirania castrista. Não é gozação, o vibrante Gramma (único jornal da Ilha, ali imprensa burguesa decadente não vinga) tem valor extraordinário na hora de limpar a bunda do povo.
Janer Cristaldo foi dos primeiros jornalistas a escrever sobre a incompatibilidade entre socialismo/comunismo e papel higiênico. Ele disse: “Nas rápidas incursões que fiz a países soviéticos, era o primeiro problema a resolver no hotel. Jamais havia papel no banheiro, era preciso reivindicá-lo na portaria. O funcionário perguntava então quantos dias você ficaria, avaliava no olhômetro a metragem que você necessitaria e a destacava do rolo. Mais papel, só pedindo de novo”.

Algo semelhante ouvi de outros patrícios que se aventuraram pelo paraíso da ex-Cortina de Ferro: ter papel higiênico sempre foi desafio nos países socialistas-comunistas e, agora, bolivarianos. Trata-se mistério a inapetência desses governos em manter a bunda limpa de seus cidadãos.
Levanto hipótese que terá validade até que a ciência ache explicação plausível para as dificuldades de governos socialistas-comunistas garantirem bunda limpa a seus cidadãos. Como tais governos – a história prova – são também inapetentes para produzir comida (feijão, arroz, batata, carne, essas coisas) jamais se preocuparam em ter tecnologia para produzir papel higiênico. É uma tese.
Mas, reconheça-se, na dialética do cotidiano eliminaram uma contradição de seus povos geraram nova síntese: quem não come não defeca e, por decorrência, não precisa limpar a bunda. Genial. Marx deve estar se revirando no caixão.


Comente este artigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário