quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O poder proporciona transações corruptas

O empresário mais íntimo de Lula, que transitava com passe livre no Planalto, era ou seria tão rico que ele até hoje resolve os mais diversos problemas do ex-presidente e de sua família. Muito poderosa, ela, Mariza Letícia, também é investigada no escândalo da Petrobras.

Um dos pecuaristas do país, quando era apenas aspirante à Presidência, teve apoio do Parlamento. Aliás, amigos sempre existem, para as boas e más ações. Quando ele almejava à Presidência, com a ajuda de um amigo comum, Bumlai conheceu o petista e o sonho tão desejado se realizou. Na verdade, o pecuarista tornou-se íntimo de Lula. A aproximação de ambos renderia excelentes resultados. Bumlai, bom de negócios, bem articulado e rico, tornou-se fiel seguidor do presidente, resolvedor de problemas de toda a espécie e, claro, receptador de dividendos de uma ligação tão estreita com o poder, que sempre proporciona novas transações.

No governo só duas pessoas entravam no gabinete do Palácio sem bater na porta, Bumlai era uma delas. A outra, Mariza Letícia, mulher de Lula. Nesse imbróglio de descobrir e apontar novos depoimentos prestados ao Ministério Público em 2012, Marcos Valério, operador do Mensalão, relatou um caso revelador. Segundo ele, um empresário de influência confessou, ele próprio, o sobrenome do empresário Fernando Baiano na Petrobras.


Além de relatar que um empresário teria dito que Lula e os administradores e os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho estavam por trás do assassinato do Prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel. O silêncio do chantagista, de acordo com Marcos Valério, foi comprado por 6 milhões de reais; dinheiro que teria sido dado pelo próprio Lula e Gabriele; não obstante, o governo jogou pesado para abafar uma CPI que investigaria irregularidades na Petrobras. Sob Orientação do Planalto, empreiteiras que tinham contratos com a estatal disseram a parlamentares que, se a apuração fosse realizada hoje, as doações para a campanha de 2010 cairiam drasticamente. A ameaça funcionou.

Mas, afinal, quem foi que articulou toda a operação? Ele, Bumlai, que levantou dinheiro necessário para calar a boca do empresário inconformado junto a uma empreiteira que prestava serviços à Petrobras. A fonte do dinheiro sujo era sempre o generoso cofre da estatal. Na verdade, este é um Brasil gigante que encobre a sujeira dos gatunos, sempre isentos de suas maquinações criminosas. A lei para eles não chega nos Tribunais. Adormece nas gavetas escondidas a preço de milhões de reais aos cofres da República.




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