sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Como uma onda do mar

“Nada do que foi será. De novo do jeito que já foi um dia. Tudo passa. Tudo sempre passará”...
Alguns dos fatos que marcaram 2014; Copa histórica, Dilma eleita pela vontade do povo, Vírus Ebola, Crise lava a jato, Acordo com Cuba, Imprudência no trânsito matando milhares de pessoas, Protestos com vandalismo, Prêmio Nobel da paz à jovem estudante paquistanesa Malala Yousafzay, mensagens do Papa Francisco revigorando a igreja de Pedro, já são considerados distantes em relação ao tempo, embora curto, mas já transcorrido, uma vez que nova gama de tantos outros apresentam-se a cada dia.
Charlie Hebdo, Execução de traficantes, inclusive de brasileiros, na Indonésia, Apagão, Falta d´água, Calor acima de 45 graus, entre outros, são alguns, que certamente já, hoje, desatualizados, também, tornam-se inevitável, não pensar Lulu Santos, levando-nos a confirmar, que “tudo passa, no mundo”, deixando marcas importantes do que se foi, e se quisermos, relevantes lições de vida, consideráveis experiências, ainda que vivenciadas por outros.
A rotação, fazendo a terra e o relógio girar, obrigam os homens a andar também, quando não correr velozmente, uma vez que o cenário de hoje, não será o mesmo de amanhã. Sofreremos os efeitos da dedução dos segundos, nesse 2015? A terra gira, o relógio anda, extinguem-se os tempos, tempos que se vão, para nunca mais voltar, dando lugar há outros tempos, certamente não menos significativos.
Clarice Lispector versejou também; “ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas”.
Considerando-se, que a adição ou subtração de segundos, podem criar distúrbios no conceito de tempo, dissolvendo o sistema de fusos horários, adotados a partir do Meridiano de Greenwich, Clarice e Lulu já nos deixaram a dica para a frenética ciranda. Que loucura!
E é nesta ótica de que “a vida vem em ondas, como um mar, num indo e vindo infinito”, que repetidas vezes, sentimentos de “agora vai dar”; ”agora vai acontecer”, chegará a minha vez”, “quem sabe”, “se for o melhor”, tornam a povoar nossos desejos.
Genuína esperança!
É tempo de férias. Passeios, viagens, veraneio com tantas atrações em nossos belos litorais; praia; caminhadas; sombra dos belos eucaliptos; shows; gastronomia variada; artesanato; comércio em geral; feira do livro e a aproximação do carnaval, folia de momo tão esperada por muitos, folia esta, requerendo muita organização, mantendo um único espírito; o da paz, da ludicidade, nunca o da competividade, muito menos o da desarmonia, sob pena de se perder essa rica conquista, legítima cultura brasileira.
Novos tempos também, na política econômica do nosso País, aliás, motivo de grande preocupação na forma encontrada para reter a inflação, são todos fatos motivados, pelo girar do relógio, sendo as “outras coisas”, “num indo e vindo infinito”, que fazem e farão o giro acontecer.
Que salutar seria se, efetivamente, pudéssemos, de todas essas situações, aprender com elas, ainda quanto ao radicalismo, às barbáries, à corrupção, aos roubos, aos sequestros, às chacinas, em termos de Mundo, de Brasil, de Estados, das nossas cidades.
O cheirinho gostoso do churrasco à beira da nossa praia; os espaços definidos pela EPTC, organizando melhor o estacionamento dos veículos, dada a quantidade de pessoas que desfrutam da orla; manter a nossa praia limpa, afinal de contas, não nos motiva a atitude dos torcedores japoneses, recolhendo o lixo que produziram, em nossos estádios de futebol, por ocasião da Copa, verdadeiro exemplo de civilidade?
O cuidado com a velocidade quer na estrada ou na própria praia; o excesso de álcool tão prejudicial à saúde e uma arma pronta a disparar, quer no trânsito ou numa simples discussão; a vitória de Medina servindo de incentivo ao surf, mas que o cuidado com o mar seja observado, são alguns exemplos de que se necessite respeitar regras básicas, para que se mantenha harmonia no convívio.
A vida vem em ondas, portanto aproveitemos as marés, as cheias, os recuos...
Feliz ano novo é o que insistimos em querer e desejar a todos diariamente, não ficando tão somente naquele 31 de dezembro.
Que sejam esses que virão, os outros dias de Clarice...
Que sejam esses que virão, o novo de Lulu “nada do que foi será”, o novo que ensejamos.
Afinal; ... “há tanta, tanta vida lá fora” e “nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará”.

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