segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Carrinho dos brasileiros está mais vazio


 Quarenta e sete por cento dos brasileiros da classe C compram menos produtos em supermercados que há seis meses. O atual cenário de inflação alta, crédito quase nulo e renda deficitária está levando esta parcela da população a comprar menos nos supermercados neste começo de ano do que nos últimos seis meses.

Pelo menos estes são os dados revelados em uma pesquisa divulgada na última semana pelo Instituto Data Popular, especializado na classe C.
O levantamento mostra ainda que aproximadamente 41% compram a mesma quantidade e 12% compram mais. E, a percepção para os primeiros seis meses deste ano é de que as compras devem continuar minguadas.

Esse é o reflexo de que com o aumento da luz, do combustível, da escola e dos produtos em geral o poder de compra do brasileiro diminuiu. O valor antes empregado em produtos mais variados à mesa do consumidor agora dá lugar ao pagamento das contas reajustadas.

Uma das perguntas da consulta era se os entrevistados esperavam comprar mais ou menos nos próximos seis meses. E o resultado apontou para um momento de alerta e cautela. De acordo com o resultado, 45% disseram que devem comprar menos produtos em supermercado, enquanto 36% afirmaram que comprarão a mesma quantidade e 19% acreditam que comprarão mais.

A pesquisa quantitativa nacional, inédita, chamada O Bolso do Brasileiro, foi realizada entre os dias 18 e 29 de janeiro, envolvendo 3.050 pessoas de 150 cidades brasileiras. A margem de erro máxima é de 1,77% para um intervalo de confiança de 95%.

A pesquisa retratou em números o que essa parcela da população que recentemente ascendeu à classe C está sentindo: apreensão com a atual situação econômica do país e preocupação com o aumento dos preços e a estagnação da renda.

De acordo com o presidente do Data Popular, Renato Meirelles, esta é a justificativa para que as compras no supermercado fiquem mais criteriosas e a população mais cautelosa.

Conforme a metodologia aplicada pelo Data Popular, as famílias da classe C têm renda média de R$ 2,9 mil e passaram a consumir nos últimos anos produtos e serviços antes inacessíveis.
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