segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Nosso Quarteto Fantástico: Lula, Sarney, Maluf & Collor

Com alguns coadjuvantes de somemos Luiz Ignácio Lula da Silva (PT), José Sarney (PMDB), Paulo Salim Maluf (PP) e Fernando Collor de Mello (PTB) têm dado as cartas e jogado de mão no mando da política nacional. A sintonia entre eles é tão surpreendente que todas nossas teorias nessa área acabam na cesta de lixo. Inclusive a sentença que diz: diga-me com quem anda que te direi quem és?

Eles possuem tanta afinidade, trocam tantos afagos, colaboram com afinco entre si que a gente fica com pulga atrás da orelha só em imaginar o teor dos diálogos que travam nos bastidores do poder em Brasília.

Que objetivos em comum podem aglutinar o Lula, um jovem espertamente bem comportado durante a ditadura, o Collor, que dava sua cafungadas sem se importar com o que ocorria no mesmo período, o Sarney que pulou de galho em galho desde menino para sempre estar próximo dos poderes (foi fortão durante o arbítrio) e inclusive acabar na Academia Brasileira de Letras e o Maluf, empresário milionário caçado pela Polícia Internacional e que esteve entre os primeiros a apoiar o regime de exceção?

Vocês conseguem imaginar um diálogo na calada de noite entre esses homens que estão entre os verdadeiros senhores do nosso destino? Óbvio que proibido para menores. Por favor, não me venham com o tal de pragmatismo varonil...

Onde estão nossos sábios senhores da academia e nossos vetustos intelectuais que não esclarecem como chegamos a essa polenta sem cunho ideológico explicito. É uma união esdrúxula entre os homens cevados pelo aparato ditatorial e outro que diz ter lutado contra, com características típicas das republiquetas de banana.

Aqui na planície as perplexidades são de toda ordem, especialmente quando se trata de definir se esses senhores são de esquerda ou de direita. Nós sabemos que definir com total clareza quem é de esquerda e quem é direita é questão de fundamental para estabelecer quem é amigo e quem é inimigo. Afinal, quem é o amigo nesse quarteto?

No que Lula se diferencia de Sarney, de Collor e de Maluf? O que diferencia Sarney de Lula, Collor e Maluf? Quais as diferenças entre Collor, Sarney, Lula e Maluf? O que faz Maluf diferente de Lula, Sarney e Collor? Quem tiver alguma paciência vai, sim, encontrar coisas que podem eventualmente diferenciar um do outro, mas a questão não é tão simples. Queremos saber o que diferencia um do outro em algum que podemos chamar de essencial!

Anotem em seus caderninhos para um futuro que chega cobrando-nos mais rápido do que se imagina: as diferenças vão ficar nas firulas. Quando se trata de coisa importante, algo de peso, esses senhores, que também poderiam ser denominados de os “quatro cavalheiros do Apocalipse da ética nacional” tem em comum o fato de nunca antes neste país terem popularizado tanto a palavra corrupção.

Por onde caminham, por onde se movimentam esses quatro senhores a imprensa nacional – quem tenta fazer imprensa, ressalte-se – encontra abundância de material para as páginas policiais, acumula manchetes estrondosas sobre falcatruas, roubalheiras, corrupção, desmandos, malfeitos.

Nosso Quarteto Fantástico cumpre seu papel longe da ficção, que a roubalheira é a coisa mais real do Brasil e engana-se quem crê que ela chegará ao fim enquanto um deles tiver algum comando em Brasília. Está no DNA de cada um deles.



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