sábado, 20 de setembro de 2014

Comemorar o quê?


 Estaremos comemorando (?) - se verdade que possa haver alguma coisa para ser festejada – o Dia do Idoso, que ocorrerá no próximo dia primeiro de outubro.
Em meio a tantos discursos e promessas que são feitos, como sempre acontece em épocas de pré-eleições, os candidatos às mais diversas cadeiras eletivas, realmente, entre outros, deixam sempre um cantinho para dar prosa para lembrar e falar naquele que trabalhou toda uma vida mas que, na aposentadoria, não vê recompensa nenhuma por aquilo que produziu e, na grande maioria dos casos, é obrigado a se manter ativo, mesmo que doente, como não raro acontece, 

 Com um subemprego, para complementar o miserável benefício que recebe da previdência para sobreviver.

Os candidatos lembram os idosos, neste momento do voto, depois esquecem as promessas que fizeram de lutar por melhores condições de vida; da busca de condições para que os aposentados não morram nas filas dos hospitais; para que a saúde pública seja realmente um direito e, jamais, uma esmola; para que os idosos não venham a sucumbir muito antes da data marcada para a realização de exames médicos; para que os aposentados recebam o justo por aquilo que descontaram para a previdência quando na ativa, pois justamente quando mais precisam, pela necessidade de aquisição de medicamentos é, justamente, quando menos recebem, considerando os índices de reajustes dos benefícios, em relação aos trabalhadores da ativa.

Muito embora os auditores fiscais comprovem que o sistema previdenciário é superavitário, os governos que se seguem, de uma maneira geral, preferem fazer caixa do que reajustar os benefícios, evitando que um grande número de aposentados tenha que, de maneira humilhante, viver o resto dos seus dias como dependentes dos filhos e netos, com ajuda financeira mensal, ou sobreviver em asilos e outras instituições.

Quem sabe um dia, os candidatos, depois de eleitos, se lembrarão dos idosos e lutarão por eles, abrindo perspectivas que tenham realmente o que comemorar no primeiro de outubro.


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