sábado, 26 de julho de 2014

Pela reconstrução da Estação Antártica



Destruída por um grande incêndio na madrugada de 25 de fevereiro de 2012, a Estação Antártica Comandante Ferraz ainda precisa ser reconstruída. Mais de dois anos se passaram e não foi possível retomar o trabalho normalmente. Para tentar resolver, enfim, a situação, a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar lança a segunda licitação para escolher a empresa ou o consórcio responsável pela obra.

O processo licitatório foi aberto, desta vez, também para candidaturas internacionais. A expectativa é que a reconstrução comece no verão antártico (que vai de outubro de 2014 a março de 2015), termine em março de 2016 e custe até US$ 110,5 milhões.

Entre as empresas que mostraram interesse em participar estão a coreana Hyundai e a alemã Kaefer, segundo o secretário da comissão, contra-almirante Marcos Silva Rodrigues. Ele diz que há o interesse também de empresas chinesa, inglesa, consórcios espanhol, chileno e de Mônaco, além de algumas empresas nacionais.

As empresas terão que apresentar qualificação técnica - engenheiros civis, mecânicos, engenheiro eletricista, entre outros -, e capacidade financeira. Vencerá, obviamente, a oferta mais barata. A vencedora precisará arcar com toda a logística. A partir de hoje, as empresas terão 45 dias para apresentar as propostas e assinar o contrato de construção da estação. No dia 10 de setembro, será feita a abertura dos envelopes de candidatura.


"Existem empresas nacionais e internacionais bastante interessadas. A maioria das internacionais tem expertise. Mas isso não desqualifica [as brasileiras], nós não tínhamos expertise em desmonte e fizemos um belíssimo trabalho [desmontando a estação atingida pelo incêndio]", disse Rodrigues à Agência Brasil.

Na Estação Antártica Comandante Ferraz, pesquisadores desenvolviam pesquisas e estudavam os fenômenos naturais da região, entre outras atividades. A estação foi instalada em 1984, na Península Keller, Baía do Almirantado, Ilha Rei George, e tinha capacidade para 64 pessoas. Após o incêndio, foi construído o Módulo Antártica Emergencial e as atividades foram mantidas.

No final do ano passado, a Marinha selecionou, por meio de edital, o projeto arquitetônico para a nova estação, que será construída no mesmo local da antiga, em respeito a normas ambientais. Em janeiro de 2014, a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar lançou a primeira licitação para selecionar a empresa responsável pela reconstrução. O processo era destinado apenas para empresas nacionais. Nenhuma se candidatou. O valor máximo era R$ 147,70 milhões.

Na segunda tentativa, aumentou-se o valor da proposta, que passou a ser em dólares. A abertura de espaço para a candidatura internacional atender à reivindicação de empresas. Rodrigues explicou que a nova estação deverá ser mais confortável, além de ter mudanças na estrutura - serão 14 laboratórios na estação e quatro fora. Antes eram apenas oito.

Por: DP.

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