sábado, 5 de julho de 2014

A educação pode mudar?



Muito tem se falado nos últimos dias sobre a necessidade de valorizarmos e repensarmos a Educação. Este tema torna-se pauta de jornais, revistas e documentários. Entretanto, observo que, por vezes, o debate cai no vazio. Não se qualifica especificamente a quem se direciona à crítica (Ao Estado? Ao Governo? Às escolas? Aos professores?), quais os principais argumentos sustentados e quais as possíveis soluções. Todo mundo quer falar de Educação mesmo que não tenham muito a falar sobre isso.

Não podemos usar certas desculpas para tentar explicar o porquê de nosso país ter ficado em penúltimo lugar no ranking da educação: “A primeira universidade brasileira foi criada somente em 1920”. “O Ministério da Educação surgiu apenas em 1931 com Vargas.” “A primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação só foi feita em 1961.” “A estrutura da escola é antiquada, do século XIX.” Somos tão vítimas de nosso passado? Não somos sujeitos que fazem história? A Educação pode mudar?

Vamos dimensionar nosso olhar. Observo que a universidade tem contribuído com este debate. Vejam. Na década de 1960 surgiu o planejamento de aula, em que professores deveriam burocratizar suas atividades em classe. O tal quadrinho autoritário (conteúdo, procedimento, avaliação) tem caído. Temos ensinado nossos estudantes a trabalharem com o planejamento participativo, que permite um diagnóstico da turma, um entendimento da realidade da comunidade onde a escola está inserida. 


No passado o professor apenas professava verdades, transmitia conteúdos. Hoje os universitários têm aprendido a dialogar, questionar, ajudar os alunos a repensarem sua identidade e o mundo em que vivem.

Temos motivos para termos uma Educação fracassada? Temos uma história de atraso, sim. Porém, a Educação só vai mudar quando transformações estruturais ocorrem e não apenas porque o passado nos condena. E aqui me refiro a uma mudança estrutural no Estado - o que extrapola as questões de governo. Por isso, vamos avançar neste debate e unir nossas forças para uma mudança de verdade.


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