domingo, 8 de junho de 2014

Brasil, País que honra a política acima de tudo



País que honra a política, embaralha a ordem, impede o progresso e desonra o Estado Democrático de Direito.
A República Federativa do Brasil é um país que não joga mais futebol sem interesse de lucro certo, não canta mais o Hino Nacional por livre e espontânea vontade, muito menos o samba não tem a mesma alegria para prestigiar o carnaval e também não sabe em quem votar a pouco menos de cinco meses das eleições. Brasil, terra das imortais capitanias hereditárias, dos coronéis, dos desmandos e das delongas judiciárias. Terras dos modernos quilombos urbanos. Onde morrer faz parte do cenário, mas não antes de passar a outorga para os ilustres representantes políticos.
Terra que abriga os grandes recursos capitais da Europa, que as reservas de petróleo são dos Estados Unidos da América e os carros da Ásia, Europa e EUA. Afinal, o que de fato é nosso no Brasil? A caipirinha? Sim! Somente a caipirinha! Não temos patente de nada. Não somos proprietários de indústrias de veículos automotores, também não refinamos o nosso petróleo e não geramos energia elétrica com o nosso capital e tampouco somos proprietários das mineradoras.
E dizem por aí que somos o povo mais alegre do planeta. Que aqui possuímos um povo criativo e inteligente, que somos fraternos. São tantos os adjetivos que utilizam para nos manipular e aumentar a nossa autoestima que mostra o quanto os nossos governantes nos tratam como idiotas. Porém, essas singelas qualidades não nos pertencem e serão percebidas pelos gringos nesta Copa do Mundo.
O Brasil é um país pobre, podemos dizer miserável. Extremamente perigoso. Somos livres, mas nosso sistema democrático é pior que o sistema prisional europeu. Escondemos os traficantes dos turistas, damos um jeitinho no Congresso, fazemos maquiagem na política, recebemos até o Papa para nos parecer inocentes.
O governo faz acordos com a população para que escondam as armas em suas casas com as licenças apenas para portá-las em domicílio, ou as compram para assim os turistas não perceberem o quão violento é esse povo tupiniquim. E nos pontos de venda de drogas os disfarçamos de bancas de cachorro quente e tendas de sucos naturais. Mostramos comerciais de televisão de um povo simpático e com excelente qualidade de vida.
No entanto, nossas crianças morrem nas maternidades, e as que insistem em permanecer de pé não sobrevivem ao narcotráfico. Mas, se resistem ficam sem escolas, sem habitação, sem alimentação e sem nenhum motivo para serem inseridas à sociedade. Na extrema miséria, se arrastam até a maioridade e são levadas em caminhões boiadeiros para as urnas eletrônicas. E lá, atendem aos interesses dos nossos senhores.
Os que envelhecem morrem nas filas dos postos de saúde, onde não há enfermeiros, médicos e nem mesmo técnicos de enfermagem. E o ciclo se repete, geração após geração. Neste século 21, os hospitais matam mais crianças contaminadas por bactérias e vírus comuns que as guerras na Ásia, África, ou Europa. Os que chegam à velhice, por pura sorte, morrem de gripe e tuberculose.
Não bastasse a indiferença dos gestores dos hospitais públicos, agora os hospitais particulares também mostram as suas "garras" e exploram os pobres enfermos até a última moeda, sem nenhuma fiscalização dos administradores públicos. Afinal, se o governo não ampara o contribuinte e não fiscaliza as empresas privadas que atuam na área da saúde, qual é a função do Ministério da Saúde?
Jogada à sorte, a nossa nação representa os interesses de poucos e perde a identidade cultural. Dizem por aí que gostamos de samba, que jogamos futebol e produzimos novelas.
Sobre o samba, não o ouço há muito tempo. Do futebol posso dizer que os principais jogadores são de países vizinhos e as novelas são produzidas por estrangeiros em terras nacionais. O que realmente nós temos de especial? A mão de obra! Somos um dos poucos países que têm uma grande população que trabalha por pouco. Além de comprarmos o que produzimos pagando com o próprio salário. Ou seja, nós trabalhamos para comprar o que produzimos e gastamos tudo o que ganhamos para isso. Como se plantássemos batata em nossas terras e pagássemos por ela depositando para o vizinho. Como assim?
Pois nós fazemos isso mesmo! Usamos a nossa terra para montar os automóveis e os produtos eletrônicos para os Estados Unidos da América, Europa e para os Asiáticos e, depois de montados, pagamos três vezes o valor das peças para os países que as trouxeram para cá.
No entanto, eles nos elogiam, dizem que somos alegres, criativos. Dizem que nosso povo é inigualável! Também penso assim. Somos inigualáveis mesmo. Qual outro povo seria tão fácil de ser enganado?
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