domingo, 2 de março de 2014

Velho chavão dos governos!


O governo, como sempre acontece, quando premido pela imprensa, diante da grita popular, por problemas não sanados, invariavelmente responde com chavões surrados, considerando a falta de uma resposta que mostre que tais problemas não foram solucionados porque houve um “empurra com a barriga”, enquanto ninguém ou poucos reclamavam.

A primeira coisa que as autoridades responsáveis alegam é que “já estamos providenciando a solução” ou “estamos esperando somente condições favoráveis para a execução”. No entanto, só falam depois que o problema alcança proporções que fogem do âmbito interno, como aconteceu com a tragédia de Santa Maria e em tantas outras que acontecem por este Brasil afora.

Esta semana, como exemplo, veio a público a situação de uma escola, na qual os alunos estão utilizando, inclusive, os banheiros para a realização de aulas e, diga-se de passagem, que a falta de condições do prédio já foi detectada a mais de um ano. Todo esse tempo passou e ninguém fez nada para sanar a situação.

Na terça-feira, um incêndio de grandes proporções, destruiu um prédio em Porto Alegre, que servia de depósito para a guarda de móveis e decorações. O fogo atingiu outros prédios ligados, assim como aconteceu, lembram, no Mercado Público da Capital.

Diante da tragédia, veio à tona a difícil situação por que atravessam os bombeiros gaúchos, que são obrigados a enfrentar grandes tragédias sem equipamentos e viaturas em quantidade suficiente ou simplesmente ultrapassados pelo tempo de uso.

Diante do problema, e sabendo-se que é difícil um comandante de Pelotão de Bombeiros ou mesmo de outra força pública fazer críticas quanto ao que é colocado a sua disposição para combate às chamas e outras atividades inerentes, o assunto fica “abafado” e somente explode quando a ação dos soldados do fogo vale mais pela dedicação e força de vontade no cumprimento da missão, do que mesmo pelo equipamento disponível.

O governo então, ao ser questionado, deixa escapar o velho chavão do estamos atentos à situação e buscando a solução, como compra de nova viaturas e equipamentos ou preparação de efetivo humano para o suprimento das necessidades do Estado, como também, no caso de escolas que necessitam de obras ou de novos prédios, mas invariavelmente, o assunto termina caindo no esquecimento do povo e, então, tudo retorna ao ponto de partida e nada ou muito pouco é, efetivamente, realizado.


Exatamente isso que acontece. Descaso com a coisa pública

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