sábado, 15 de março de 2014

Scollari e o Planalto. Se perder frita o governo!



A presidente Dilma vem mantendo sucessivos encontros com lideranças do PMDB e do seu próprio partido, objetivando manter a união da sua base de apoio, posto que muitos dos integrantes da agremiação de Michel Temer estão inconformados pela falta de maior atenção do Planalto aos seus anseios.

Por outro lado, o PT também não está satisfeito com a pretensão do PMDB em fortalecer o “namoro” com presidente, considerando que não pretende perder espaços no primeiro escalão do governo. 

O PMDB ameaça isolar-se da base do governo se não tiver um espaço maior no Planalto, especialmente porque pretende concorrer com candidatos próprios em vários Estados e, inclusive com o pensamento de muitos no lançamento de nome a cadeira presidencial, onde sofrerá a concorrência do Partido dos Trabalhadores, deixando no ar indefinição quanto ao apoio de Dilma nos Estados, que evidentemente, não terá como participar de dois palanques opostos ao mesmo tempo.

Um grande dilema, quando se sabe que, por seu turno, o PMDB lidera outros pequenos partidos que navegam na sua cauda, o que determina para a presidente, um “jogo de cintura” e muito cuidado para evitar que o incêndio se propague, trazendo prejuízos difíceis de serem superados, com vistas ao trabalho para reeleição e, obviamente, aproveitamento da oposição que está colocando lenha na fogueira.

Dilma vem sentindo seu prestígio em baixa, principalmente quando está à mercê da FIFA, que, através de seus pró-homens, está exigindo determinações que, naturalmente, deveriam caber ao governo. 


Chegou a ser sugerido, segundo notícias, proibição da presidente usar a tribuna para falar aos brasileiros quando dos atos de abertura da Copa do Mundo. 

No Congresso Nacional, a presidente amarga derrotas, inclusive com votos da própria oposição, como aconteceu com a abertura de investigação da Petrobras.

O Planalto, além de manter equipes em prontidão para apagar focos de incêndios que surgem, pelos atritos entre os dois grandes partidos da base de apoio, terá que manter-se na torcida para que a seleção de Scollari conquiste a copa. 

Caso contrário, será mais um grande problema a ser enfrentado, o que fatalmente reduzirá ainda mais o prestígio da presidente e o natural crescimento da onda de protestos de vários setores da vida nacional, iniciados ano passado.

Todos sabemos que o futebol tem um elo muito forte com a política. Um insucesso da seleção, sem dúvidas, será fator para que o povo jogue para fora decepções até então contidas. Todos sabemos que é assim que funciona.


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