sábado, 8 de março de 2014

Reage Brasil... ou que país é este?

Vivemos, por décadas, a ilusão de um país onde tudo corria às mil maravilhas, embora esse não fosse o sentimento particular de cada cidadão. Desde o chamado milagre econômico vendia-se ao povo a ideia de que o país caminhava para a prosperidade.

Depois vieram o susto do desemprego, a hiperinflação, os planos econômicos fracassados e finalmente, o real, transformado em panaceia. Apesar das dificuldades de cada momento, o brasileiro sempre foi bombardeado pelo otimismo (muitas vezes exagerado) da propaganda oficial e político-situacionista.

Agora, depois das comemorações da autossuficiência petrolífera, da ascensão do país à condição de sexta economia do mundo e de outras verdades e meias-verdades, estamos na véspera da Copa do Mundo, ameaçados pela volta da inflação, escassez de água potável e eletricidade e com notícias desalentadoras sobre o comércio exterior e a produção petrolífera.

E, de quebra, ainda resta-nos a dúvida quanto à atividade econômica sustentada pelas desonerações e renúncia fiscal (do IPI) não ter passado de uma bolha prestes a explodir.
A observação do panorama nacional é preocupante. Os diferentes setores da economia são analisados isoladamente e produzem maravilhosas manchetes que sustentam os apetites continuistas daqueles que estão no poder.

Por outro lado, observações feitas pelos oposicionistas pintam um país caótico. E o povo, destinatário de toda essa massa de informação, como é que fica? Fica sem saber o que pensar e para que lado pender. Ao mesmo tempo em que as pesquisas apresentam uma tendência, as manifestações (que chegam à violência) apontam noutro rumo.

Não é difícil concluir que o nosso país não deve ser aquele mar de rosas dito pelos políticos situacionistas e nem o inferno denunciado pelos oposicionistas. Somos, enfim, um país em busca de sua própria identidade.

 O empresariado que, a duras penas e muitas vezes enfrentando políticas débeis, construiu a nossa economia e a mantém em funcionamento, sabe disso. Infelizmente, vivemos a reboque dos interesses eleitoreiros e não lutamos pelas verdadeiras e necessárias reformas.

As entidades da sociedade civil, universidades e demais centros do saber nacional prestariam um grande serviço à nação se, acima de ideologias e, principalmente, do interesse eleitoral, partissem em busca do Brasil real que, com certeza, é muito diferente daquele quadro que tanto os otimistas quanto os pessimistas fazem questão de pintar para dele tirar proveito nas próximas eleições.

 Reage, Brasil verdadeiro !...



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