domingo, 16 de março de 2014

Empurrando para 2015








O governo federal está anunciando aumentos escalonados, nas contas de luz, para cobertura do déficit do setor, pelas fornecedoras, tendo em vista a necessidade de utilização de usinas térmicas, cujo custo operacional é bem mais elevado.

A falta de investimentos na produção energética, aliada ao consumo cada vez maior e, ainda, problemas gerados pela escassez de chuvas em alguns estados, fez com que o governo tivesse que lançar mão da produção através de equipamentos movidos a diesel, fazendo disparar os custos que, agora, serão repassados ao consumidor comum.

Em entrevista coletiva, o ministro Mantega salientou que todos terão de arcar com o ônus do prejuízo. No entanto, destacou que esse custo, “por necessidade de cálculos mais profundos”, somente será repassado em 2015, com divisão entre consumidores comuns e empresariado.

Ora, a quem o ministro quer enganar? Todos sabemos que a falácia ministerial e de outras autoridades ligadas ao setor energético nada mais representa senão uma transferência estratégica de datas, tendo em vista tratar-se de importante ano eleitoral e, certamente, o aumento neste momento será extremamente prejudicial politicamente, pois o Planalto já vem trabalhando na campanha de reeleição há muito tempo. 

Por outro lado, a palavra de Mantega, na tentativa de amenizar o problema estabelecido, de que a conta será dividida é pura balela. Quem não sabe que tudo termina no bolso daquele que sempre paga a conta, considerando que, como coisa natural, indústria e comércio repassam qualquer aumento de custos ao consumidor final?

Em 2015, a Copa do Mundo estará apenas na lembrança dos brasileiros, e o processo eleitoral já terá indicado os detentores das cadeiras presidencial e dos Palácios nos Estados. 

Quer dizer, qualquer um que chiar não verá efeito maior na crítica ou no elogio e, então, a conta com a energia e com os custos da Copa estarão disponíveis para serem resgatadas, sem contar os investimentos que serão feitos para a preparação da Olimpíada, que será realizada em 2016.

Quem viver, pagará - com a manutenção do atual governo ou presença de outro - pois os custos já foram gerados e a sentença de cobrança decretada.

 JÁ.

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