domingo, 29 de dezembro de 2013

Por que dizer não à legalização da maconha?

Estudos de neurocientistas revelam que o ser humano sempre quer ativar, em seu cérebro, o circuito de recompensas. Existem diversas formas de se fazer isso, inclusive através do uso da maconha e de outras drogas.

Insisto que uma das formas mais benéficas de se ativar esse circuito é através da vivência dos valores universais positivos. Cada vez que você, intencionalmente, vivencia um desses valores, você ativa esse circuito, produzindo os neurotransmissores que geram satisfação, bem estar, euforia, felicidade.

Através da maconha, você também ativa esse circuito, mas, com prejuízos irreparáveis para seu organismo, uma vez que suas substâncias ativas bloqueiam receptores neurais muito importantes, causando ansiedade, perda de memória, depressão e surtos psicóticos. A ansiedade provocada, geralmente leva o indivíduo a utilizar drogas mais pesadas, com consequências devastadoras.

O uso da maconha leva à compulsividade. Seu usuário não se contenta com o uso ponderado, como determina, por exemplo, a lei que liberou o uso da maconha no Uruguai. Ele exigirá mais. Isso leva esse usuário à busca por mais quantidade, o que sustentará o tráfico, uma das falsas razões alegadas para a liberação, já que se imagina que, com a liberação, diminui o tráfico.

Todo mundo sabe que não existe “meio dependente” de drogas. De iniciante, rapidamente se torna dependente compulsivo. Achar que a maconha é inofensiva, é de uma ingenuidade perversa. Aquele simples cigarro de maconha, a realidade comprova, é a porta de entrada para outras drogas mais pesadas, para uma overdose de cocaína, em algum momento no futuro.

A maior especialista em drogas, Nora Wolkow, referência em dependência química no mundo, usando de tomografia, comprovou as consequências do uso de drogas no cérebro. Ela afirma que “drogas que produzem psicoses por si próprias, como metanfetamina, maconha e LSD, pode piorar a doença mental, como esquizofrenia, de uma forma abrupta e veloz,” com consequências maléficas irreparáveis.

Os últimos estudos revelaram um aumento da criminalidade no Brasil. A grande maioria dos crimes está ligada ao uso de drogas, ao tráfico e a tudo que envolve esse mal.

O que leva o jovem a se envolver em comportamentos de risco, como o uso de drogas e a violência, é a ausência da vivência dos valores universais positivos. Especialistas em comportamento afirmam que um jovem precisa vivenciar uma lista de pelo menos trinta e cinco desses valores, para não se envolver nesses tipos de comportamentos. A grande maioria dos jovens está distante disso, confirma estudo feito recentemente pela PUC- SP.

Com uma educação em frangalhos como a nossa, com jovens beirando ao risco, com o tráfico solidamente estruturado, liberar o uso da maconha no Brasil, será apoiar o caos, o aumento da violência, a degradação da juventude e das relações humanas, com prejuízos irreparáveis para a saúde pública, para a sociedade em geral e para a Nação como um todo.

Ativar o circuito de recompensas através de atitudes positivas, através da vivência de valores, de incentivo à educação, do desenvolvimento da inteligência ética e da promoção humana, trará maiores benefícios a nossa sociedade, que a liberação das portas de entrada para o caos.


Comente este artigo.


2 comentários:

  1. Boa Noite, William.
    Excelente artigo. Infelizmente, ainda temos grupos interessados, (alegando os motivos mais nobres) em que a maconha seja legalizada.
    Bjs
    Lúcia

    ResponderExcluir
  2. Olá, amiguinho. Concordo quando vc fala ' não existe meio dependente'.também sou contra a legalização recreativa da maconha e outras drogas, mas sou super a favor do uso terapêutico da maconha. Esta comprovado o beneficio da maconha para pacientes em quimioterapia. Há indicação medica para uso da maconha em outras circunstancias também... para diversão, vamos brincar de outra coisa. Feliz xtudo pra vc em 2014.

    ResponderExcluir