domingo, 24 de novembro de 2013

Lixo é cultura

Uma das formas de convencimento, consoante alguns afirmam, é a persistência. E é exatamente isso que tenho feito com relação ao tratamento com o lixo. Podemos fixar o tema no recolhimento e destinação do lixo domiciliar. Deixemos o tratamento relativo ao industrial para outro dia.

Comecemos pelo comportamento das pessoas em geral. Jogar lixo na rua, sem qualquer cerimônia, é bastante comum. Isso demonstra a incultura de um povo. A Capital Nacional de Literatura não é diferente de outras cidades. Tem lixões clandestinos e a coleta pública é deficiente. E outros resíduos sequer são coletados. Ficam na rua, nos riachos e rios ou nos terrenos baldios.

O vidro não está sendo recolhido para reciclagem. A indústria quer o vidro moído e puro. E ninguém vai fazer isso em casa. Colocamos na lixeira e fica lá, sem destinação alguma.

ONDE VAMOS COLOCAR O VIDRO PARA RECICLAGEM?

Esta é a primeira de muitas perguntas.

A coleta e destinação do óleo de cozinha estão sendo realizadas? Não. Raros são os casos de reaproveitamento desse resíduo. E sabem onde ele vai parar? Lá no rio, na barragem. Sabem de onde vem a água que bebemos? Dos rios e barragens. Depois de um ciclo relativamente curto, podemos estar bebendo esse óleo. É uma pergunta para o poder público: quem coleta o óleo vegetal, depois de utilizado? Será que não é possível fazer a coleta pública desse resíduo?

As garrafas pet ainda poluem os nossos rios. Se elas podem ser recicladas e tem valor comercial, porque elas não são coletadas integralmente?
Acho que seria o momento adequado para voltarmos ao velho sistema: garrafas retornáveis. Elas são de vidro, mais higiênicas e saudáveis. E podem ser reutilizadas. As pessoas que jogam essas garrafas pet na rua devem saber que elas acabarão nos rios, riachos e barragens. É a lei da gravidade. O vento e a chuva ajudam a acelerar esse processo.

UM POVO CULTO NÃO TEM OS RIOS POLUÍDOS DESSA MANEIRA.

Também não temos coleta adequada de pneus, baterias de celulares, lâmpadas fluorescentes queimadas e pilhas comuns. Sei que não é novidade escrever ou falar sobre esse tema. Essas falhas podem afetar gravemente a nossa saúde. Ainda tem mais.

Nosso bairro não tem containers para recolher o lixo. Temos de esperar o caminhão aparecer três vezes por semana. Quando tem feriado nos dias pares da semana, ficamos sem o recolhimento de lixo. Também não temos pessoas que fazer o recolhimento do papelão. O caminhão não recolhe papelão, latinha ou garrafas pet. Como não temos catadores, esse material acaba na rua. Por último, o caminhão não leva mais o lixo orgânico.

 O QUE FAZEMOS AGORA?
Estou levando papelão para o centro.

ONDE COLOCO O LIXO ORGÂNICO? POR ISSO O TRATAMENTO DO LIXO É CULTURA. SERÁ QUE A NOSSA SAÚDE AGUENTA?



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Um comentário:

  1. Uma pilha de lixo vista diretamente é só uma pilha de lixo. Em condições planejadas e sob iluminação, amontoados de lixo podem projetar imagens surpreendentes numa tela ou parede.
    http://blogdopg.blogspot.com.br/2009/08/o-lixo-e-sombra.html

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