domingo, 9 de junho de 2013

O futuro das sacolas plásticas no RS.

O Ministério Público, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) e a Fecomércio/RS participaram na quinta-feira (6) em Porto Alegre do 3º Fórum das Sacolas Plásticas - Uma Alternativa: A Redução. O evento reuniu especialistas, autoridades, consumidores, varejo e indústria para debater quais serão os próximos passos do Rio Grande do Sul em busca de alternativas econômicas viáveis e aplicáveis que contribuam para a preservação ambiental. Preocupação que a sociedade passou a ter com um produto simples mas que carrega um grande potencial poluidor.

No balanço parcial da campanha Sacola bem utilizada ajuda o meio ambiente os números apontaram que, em seis meses, de julho e dezembro de 2012, os supermercados gaúchos distribuíram 153,6 milhões de sacolas a menos em relação ao mesmo período de 2011. Queda de 19,59%. A boa notícia é que a redução ocorreu com o aumento de 7,3% de clientes nas lojas.
O mundo - e as cidades, as capitais e os estados - debate qual a melhor alternativa para reduzir a produção de sacolas plásticas que, inevitavelmente, terminam jogadas no meio ambiente. Especialistas apontam entre 100 e 150 milhões de toneladas de lixo espalhadas nos oceanos, volume cada vez maior, alertam. E deste total, o plástico representa 6,5 milhões de toneladas todo ano.

Trata-se de um dos produtos mais poluentes da natureza na relação benefício/tempo de decomposição. Uma sacola plástica é usada por poucas horas pelo consumidor, no trajeto entre um estabelecimento comercial e a residência. Poucos dias depois tem como destino o lixo, ao ser usada na embalagem de resíduos domésticos. E ao chegar ao ar livre, sem ser reciclada, dura até 500 anos antes de se decompor.

Por isso, órgãos públicos, ONGs e instituições passaram a discutir meios de diminuir a produção do material usado com abundâncias por supermercados, mercados menores, padarias, fruteiras, lojas e empresas. Descobriu-se, principalmente, que o hábito de cada um pode mudar, basta haver estímulo e alternativas.

A própria indústria passou a se preocupar, com destaque para o polietileno verde, criado pela Braskem. A tecnologia da chamada “sacola verde”, que troca o petróleo pelo etanol, vem sendo aprimorada desde 2007. A empresa recebe a matéria da cana-de-açúcar e a submete a um processo de desidratação para transformá-la em eteno verde. Ele, então, segue para as plantas de polimerização onde é transformado no polietileno verde, o plástico de cana-de-açúcar, 100% reciclável.

Entre suas vantagens em relação aos demais destacam-se a redução de emissão de gases do efeito estufa - cada tonelada de polietileno verde captura e fixa CO2 da atmosfera - e a aplicação - ele possui as mesmas propriedades técnicas, aparência e versatilidade de aplicações do polietileno de fonte fóssil.

 Existem soluções e há pessoas interessadas em mudar o hábito. Basta incentivar.



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Um comentário:

  1. A questão tb está em nos reeducarmos.
    Antigamente era comum, ver pessoas indo às compras com bolsas de palha( não sei se é palha mas algo semelhante)e agora temos essas de material reciclado.
    Penso que tudo está ligado ao hábito e que pode e deve ser mudado começando por nós mesmos.
    Abraços e parabéns pelo post.

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