sexta-feira, 29 de março de 2013

Entre o Malawi e a Noruega


Você conhece o Malawi? Pois a República do Malawi, que significa “sol nascente” e cuja capital é Lilongwe, é um país da África Oriental, limitado a norte e a leste pela Tanzânia, a leste, sul e oeste por Moçambique e a oeste pela Zâmbia. Tem uma população aproximada de 14 milhões de malauianos ou malavianos e foi colonizada pelo Reino Unido até 1964. Com clima eminentemente tropical, tem um polo industrial perto da capital e a economia concentrada nas áreas de agricultura e do turismo. Pois esta nação africana está em 170º lugar na classificação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), da Organização das Nações Unidas (Onu).
 

E o que é o tal de IDH? O indicador compara riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores em 187 países do planeta Terra. Padroniza e mensura, de modo geral, o bem-estar de uma população, especialmente, bem-estar infantil. Analisa se o país é desenvolvido, em desenvolvimento ou subdesenvolvido, levando em conta os parâmetros construídos em 1990 pelos economistas Mahbub ul Haq (paquistanês) e Amartya Sen (indiano).
 

Na outra extremidade do ranking, o dos países com alto desenvolvimento humano, encontramos a Noruega e a Austrália, ambas mantendo as mesmas posições da pesquisa de 2012.

O país escandinavo que ponteia a lista e cuja capital é Oslo, tem cerca de 5 milhões de habitantes que podem, na média, serem considerados “ricos”, pois detêm uma renda per capita de mais US$ 60 mil, sessenta vezes superior à dos malauianos. Sempre lembrada como terra dos vikings e pelos seus longos invernos, a nação nórdica se destaca por um setor industrial bastante desenvolvido e uma economia aberta e orientada para a exportação.
 

No meio deste intervalo que une o Malawi, com IDH baixo (0,418) e a Noruega (0,955), está a “terra das palmeiras onde canta o sabiá”.
 

Apesar de ser um dos 15 países que, entre 1990 a 2012, mais reduziram seu “déficit de IDH” (distância em relação à pontuação máxima), juntamente com a Argélia e o México, e de ser um dos mais mencionados no relatório da Onu, o Brasil congelou na posição 85. Em relação ao ano passado, não foi pra trás nem pra frente.
 

O governo apressou-se em contestar e questionar o levantamento dizendo que “os dados estão incorretos e a avaliação é injusta com o Brasil."
 

Mas o que fica evidente é que, a despeito da popularidade recorde do atual governo e das maciças políticas de transferência de renda incrementadas e implementadas na última década, ainda temos um longo caminho a percorrer na direção da melhoria das condições de vida de nossa população.
 

Só pra exemplificar, na América Latina, em termos de desenvolvimento humano, estamos atrás de Chile, Argentina, Uruguai, Cuba, Panamá, México, Costa Rica e Venezuela. Referendando o meio do caminho entre o Malawi e a Noruega!

Como se não bastasse, olhando para os “vecinos”, além de prêmios Nobel, alguns Oscar de cinema, ainda os “hermanos” argentinos tem agora também o Papa.  É dose!

Vilson Antonio Romero.


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