Provavelmente, no início da formação da vida no planeta Terra,
havia uma grande rede de DNA distribuída por organismos extremamente simples.
“Os humanos são, sem dúvida alguma, a
espécie mais dominante que a Terra já conheceu. Em apenas alguns milhares de
anos, engolimos mais de um terço da área do planeta para criar as nossas
cidades, fazendas e pastos. E estamos deixando uma boa bagunça para trás:
aramos prados, arrasamos florestas, drenamos aquíferos, geramos lixo nuclear e
a poluição química, empurramos espécies invasoras, promovemos extinções em
massa e, mais recentemente, criamos o fantasma da mudança climática. Se
pudessem, as outras espécies que partilham a Terra conosco certamente nos
colocariam para fora do planeta.” Bob Holmes
Provavelmente, no início da formação da
vida no planeta Terra, havia uma grande rede de DNA distribuída por organismos
extremamente simples, mas que possuíam, em absoluta desordem, todas as
informações que gerariam o homem de hoje, ser complexo que se diferencia dos
demais pela plena capacidade de ter conhecimento de si e de dar significado a
toda a informação acumulada em seu centro de memória genético.
Sendo criado por métodos totalmente
empíricos onde os erros impuseram-se sobre os acertos e o acaso e permitindo
melhores identificações com o ambiente, surge o homem pelas mãos da incerteza.
Inteirando-se do planeta, conquistando
cada palmo de sua morada, viu-se compelido a fazer modificações: os rios
caudalosos e repletos de animais e plantas que lhes davam vida e ainda
contribuíam para que o homem pudesse se deslocar por sobre suas águas e buscar
alimento passaram a serem utilizados como local de despejo de dejetos altamente
poluidores e suas nascentes adulteradas a ponto de influir no equilíbrio
original; as florestas pareciam muito fechadas, cheias de feras e outros
perigos e atrapalhando o progresso e a expansão do homem pela Terra, começaram,
então, a serem cortadas, queimadas, mutiladas de todas as formas possíveis;
plantas e animais começaram a ser transferidos para todos os lugares segundo a
conveniência do homem e sem o mínimo controle das interferências desastrosas
sobre o equilíbrio original e que poderia afetar a sobrevivência do próprio
homem; florestas plantadas onde antes havia campo, campos plantados em
substituição às florestas, enfim, toda a organização de quatro bilhões e meio
de anos começou a ser desfeita para servir a uma única espécie.
Enorme interferência só poderia resultar
em um grande desequilíbrio de dimensões planetárias que, embora o conhecimento
de todos seus efeitos e o alarde da impossibilidade de consertar a bagunça
ecológica nos próximos cem anos, continua a prosperar por conta do argumento
inconsequente da necessidade de desenvolvimento, talvez para uma Terra sem a
espécie humana e que levaria cem mil anos para apagar todos os vestígios da
passagem desta espécie autofágica, se esta desaparecesse hoje.
Por outro lado, se colocarmos a sabedoria
acumulada além da ciência e se o homem puder entender a importância de alcançar
os sonhos, transpondo os limites da utopia para a geração de novos sonhos, que
só poderão ser sonhados por homens que entendam que a sua casa é o planeta e
que esta deverá ser reconquistada em concordância com os demais habitantes para
que os caminhos da evolução continuem a ser os da incerteza e do acaso, talvez
não sejamos eliminados de nossa morada a bem da harmonia planetária.
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