quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sobre o sono e o ronco

Conheça alguns tratamentos que podem acabar com os distúrbios do sono


O barulho incomoda e, quando alto, não permite que as pessoas ao redor durmam. Em outras ocasiões, pode até ser motivo de piada. Embora pareça algo simples, o ronco, se não tratado, pode evoluir para a apneia, distúrbio grave que pode levar ao aumento do risco de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Mas a boa notícia é que para esses males existem três tipos de tratamentos, cirúrgicos e não-cirúrgicos, que podem melhorar muito a qualidade do sono. Então, se você sofre com eles não perca tempo e procure logo um especialista.

Considerado por muitos um motivo de gozação, o ronco é provocado por um estreitamento das vias respiratórias superiores, que dificulta a passagem do ar, fazendo com que essas estruturas vibrem, provocando o barulho. De acordo com o dentista e membro fundador titular da Academia Brasileira de Fisiopatologia Cranio-oro-cervical (ABFCOC), Dr. Douglas Bellomo, o ronco pode ser um sinal de algo que não vai bem no organismo. “Uma coisa importante a ser dita é que o ronco já é um alarme de que alguma coisa vai se deteriorando a partir desse momento. A pessoa deve ficar atenta para que o ronco não evolua para a apneia.”

Segundo dados do Instituto do Sono de São Paulo, 40% dos homens e 26% da mulheres possuem apneia. Esse distúrbio do sono é uma obstrução mecânica da língua na faringe que pode levar a outros problemas graves de saúde. “A apneia ocorre pelo relaxamento total e recuo da língua na faringe. Ela é gravíssima e tem inúmeras doenças que estão correlacionadas a esse tipo de problema. Quem sofre com a apneia tem três vezes mais chances de sofrer de infarto e AVC, por exemplo.”

Mas quem sofre com esses distúrbios do sono já pode respirar mais aliviado, pois existem três tipos de tratamentos para melhorar o sono. Segundo Bellomo, um deles é a cirurgia, que possui efetividade. Mas existe apenas uma que o especialista recomenda. “A única cirurgia que eu recomendo é quando a pessoa não consegue respirar pelo nariz. Se ela não respira pelo nariz, acaba abrindo a boca que potencializa o ronco e a apneia. Existe outra cirurgia que remove a úvula, popularmente conhecida como campainha, que fica no final do céu da boca. Ela é empurrada pela língua quando a pessoa dorme. Sua retirada possui baixa efetividade, pois, apesar de o paciente deixar de roncar, a língua continua indo para a garganta.”

Quem não quer passar por cirurgias pode optar por dois tratamentos. Um deles é o aparelho de pressão de ar positiva (CPAP). Ele é um compressor que injeta ar pelo nariz e boca, desobstruindo a faringe e forçando o ar chegar aos pulmões. De acordo com Bellomo, a efetividade do aparelho vai depender do paciente. “O aparelho impede esses males. Mas é efetivo desde que o paciente se adapte a dormir com a máscara.”

Apesar de não ser muito popular, o aparelho intraoral é outra alternativa efetiva no combate ao ronco e a apneia. Trata-se de duas lâminas com resina especial que se encaixam nas duas arcadas dentárias. “Ele projeta a mandíbula para frente. Como a língua é fixa na mandíbula, ela consequentemente vem para frente, junto com a mandíbula. Ou seja, o aparelho joga a língua para dentro da boca, não deixando ir para a faringe, o que permite a passagem do ar.” - explica Bellomo, que acrescenta: “Esse tratamento possui efetividade em média de 90 a 95% para o ronco, e 76% para apneia.”

O aparelho é feito por dentistas e possui inúmeras vantagens em relação aos demais tratamentos. “O primeiro é que não depende de eletricidade. Além disso, é portátil, isto é, põe em uma caixinha e a pessoa pode levar consigo. É reversível, ou seja, não é como a cirurgia que se faz e não pode voltar atrás.” - finaliza o especialista.

Fonte: Viva Bem.

Comente estas dicas, poderá ser útil para alguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário