terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Brasil e o caos social



Caos Social
Podemos observar constantes manifestações noticiadas na mídia, relacionadas às diferentes formas de violências ocorridas em nossa realidade atual, uma delas tão conhecida e noticiada é o Bullying. Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo, ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender, e tem ocorrência em um contexto escolar.

Porém lanço mão de uma reflexão que vai além das definições a respeito de Bullying, e questiono a todos a respeito de como surgiu esta “onda de violências nas escolas”, ou até mesmo se já conseguimos nos dar conta que em um passado não muito distante estes movimentos ocorriam, mas faziam parte da tomada de atitude de uma minoria de estudantes e não da maioria deles.

Violências
Tenho observado os movimentos sociais, e ainda me dou ao direito de sentir profunda indignação e não consigo de forma alguma reagir como a maioria dos sujeitos que assistem aos telejornais como se estivessem anestesiados frente às noticias. Que, ou não reagem, pois tudo se tornou banal, ou não conseguem reagir, de modo a sentirem-se revoltados frente às diversas formas de violência porque ficam em estado catatônico. Sim porque para mim o Bullying nada mais é que a consequência exacerbada de todas as formas de violência, que atecedem os comportamentos violentos de estudantes, e que surgem primeiramente dentro da família.

Família Adoecida
A sociedade contemporanêa mostra-se adoecida, em minha opinião e baseada em teorias que tratam com leveza e beleza a importância da estrutura familiar, toda e qualquer patologia social surge no seio da família. Se nos colocarmos como expectadores dos novos movimentos sociais e consequentemente das novas formas de violências, ficaremos no mínimo assustados e preocupados.

Se recordarmos das histórias contadas por nossos avós ou até mesmo por nossos pais, lembraremos facilmente de exemplos que nos contam sobre filhos que entendiam e respeitavam seus pais somente pela forma com que seus pais os olhavam, ou que crianças não se envolviam em conversa de adultos, e ai por diante, teriamos vários exemplos, inclusive os de “dar mão à palmatória”, que não concordo que fosse a melhor maneira de educar, mas podemos pensar que naquela época, de certa maneira funcionava, mesmo que fosse pelo dominio do medo.

Porém lá vieram as novas Ciências do Comportamento Humano, e com elas novas teorias, que penso, por vezes foram muito mal interpretadas. Mas meu intuito aqui não é o de discutir teorias, mas o de refletir a que ponto nossa sociedade chegou. Facilmente ouviremos notícias que tratam de desatinos sociais como por exemplo: marido matando mulher na frente dos filhos, pai matando filho e se suicidando, mãe matando filho pois já havia perdido este filho para o crack, e assim seguem, notícias que fazem o coração de qualquer um palpitar. E a última delas, que aconteceu bem perto de nossa cidade que dizia o seguinte: “filha morreu com um maço de cabelos do pai nas mãos implorando que o mesmo não a matasse... foi morta por este mesmo pai”, as pessoas que me noticiaram a tragédia contaram-me que o fato ocorreu por um seguro de vida que este mesmo pai fez para a filha. E não é de disparar o coração?

E assim caros amigos, seguimos em frente, em uma sociedade doente, que insiste em colocar em foco o patológico, o Bullying por exemplo. Não entendam que acho menos importante falar a respeito deste, todos devemos sim entender as patologias sociais, porém, podemos falar e buscar sim, muito mais saúde no seio de nossas famílias. Acredito ainda em uma sociedade que possa usufruir de todos os benefícios tecnológicos que alcançamos, mas talvez tenhamos que olhar para traz e visualizar aquele tempo, que não imagino que fosse perfeito, mas que os filhos respeitavam os pais, os casamentos não se desfaziam tão facilmente, e os valores humanos eram mais verdadeiros, um tempo em que não ouviamos falar tanto em drogas e mortes, não que não existissem, mas talvez a família e os valores familiares ocupavam um lugar na vida do sujeito, onde não restavam espaços para a entrada destas tantas violências que estamos nos vendo obrigados a engolir.


por: Patrícia Barazetti.

Um belo texto que vale a pena opinar. Participe, deixe seu recado....



Nenhum comentário:

Postar um comentário